A seleção portuguesa de voleibol inicia este fim de semana a Liga Mundial frente à Holanda, em Matosinhos, com o objetivo de “pôr a máquina a funcionar” rumo à qualificação para o Campeonato da Europa de 2015.
O selecionador Hugo Silva antevê dificuldades nos dois jogos com a Holanda, que está reforçada com novos valores que Portugal não defrontou no ano passado, mas acredita no querer e na vontade que o grupo que lidera tem mostrado durante a preparação.
Um dos aspetos que Hugo Silva teve de superar na preparação para o arranque da Liga Mundial foi o facto de apenas na segunda-feira, após a ‘negra’ do campeonato nacional entre o Benfica e o Fonte Bastardo, ter podido contar com todos os jogadores selecionados.
Ivo Casas, João Oliveira, André Lopes e Fabrício Silva ‘Kibinho’, todos do Benfica, e João José e João Fidalgo, do Fonte Bastardo, foram os jogadores que integraram os trabalhos da seleção apenas a uma semana do confronto com os holandeses.
Mas, ainda de acordo com Hugo Silva, o aspeto menos bom da preparação, que foi só poder contar com todos na segunda-feira, foi compensado com a intensidade e volume de treino do reduzido grupo de trabalho, que foi excelente, principalmente para os jogadores mais novos.
“Sabemos que temos atletas de enorme valor e que vamos ter de ser muito rigorosos naquilo que fazemos, aproveitar tudo o melhor possível, na base do pormenor e sem errar”, defendeu Hugo Silva.
Hugo Silva trabalha no sentido de encontrar o ‘seis’ ideal para defrontar a também renovada seleção holandesa, primeiro adversário na poule E, na certeza de que, “nestas condições, tudo o que se fizer de positivo, será muito bom e marcante”.
Os dois primeiros jogos de Portugal na Liga Mundial inserem-se na preparação da derradeira fase de qualificação para o Campeonato da Europa de 2015, que é um dos objetivos a curto prazo para o selecionador Hugo Siva.
“Todos os jogos que possamos fazer antes de defrontarmos a Eslovénia (24 e 31 de maio), não só com a Holanda, como também os amigáveis com a Espanha, terão de ser aproveitados ao máximo para pôr a máquina a funcionar”, explicou.
A Eslovénia, ainda de acordo com Hugo Silva, já está a trabalhar há muito mais tempo do que Portugal, com quase todos os jogadores disponíveis.
“Com os atletas que temos, com a sua enorme vontade de vencer e atingir os objetivos e ainda com o apoio do público em Matosinhos, acredito que iremos fazer resultados positivos”, acrescentou.
A Holanda é o primeiro adversário da seleção portuguesa na poule E do grupo 2 da Liga Mundial, com jogos sábado e domingo, em Matosinhos, seguindo-se a visita à Finlândia (05 e 06 de junho, em Vaasa) e à Bélgica (12 e 13 de junho, em Luik).
Depois de devolver a visita da Holanda (com jogos a 19 e 20 de junho, em Groningen), Portugal é anfitrião dos últimos quatro jogos com a Bélgica (27 e 28 de junho) e com a Finlândia (04 e 05 de julho), todos no Pavilhão Municipal da Póvoa de Varzim.
O vencedor apura-se para uma ‘final four’ a disputar pelos vencedores das restantes poules do grupo 2, mais a Bulgária, na condição de organizador.
O primeiro classificado desta ‘final four’ qualifica-se para a ‘final six’, a disputar igualmente pelos dois classificados das poules A e B (Grupo 1), mais o país organizador, o Brasil.
A poule A é formada por Brasil, Itália, Sérvia e Austrália, enquanto a poule B é composta pela Rússia, Polónia, Irão e Estados Unidos – detentor do troféu que já ergueu por duas vezes.
O Brasil, anfitrião da fase final, é o país com mais triunfos na Liga Mundial, com nove títulos em 25 edições, seguido da Itália, com oito, e da Rússia, com três.
A edição de 2015 da Liga Mundial será disputada por 32 seleções, após a adição no Grupo 3 de Montenegro e Grécia, respetivamente 1.º e 2.º classificados da Liga Europeia, do Egito (campeão africano) e do Cazaquistão (3.º nos Campeonatos Asiáticos).
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