A direção da Associação Regional de Voleibol de Santo Antão (ARVSA) apresentou esta semana, o seu pedido de demissão ao presidente da Assembleia-geral, dois anos antes de terminar o mandato para que foi eleito.
“Há um ambiente muito mau entre a Federação e a Associação que cria entraves ao desenvolvimento do voleibol em Santo Antão”, disse o presidente da ARVSA, Adilson Melício, assumindo desentendimentos com a Federação Cabo-verdiana da modalidade.
O afastamento do campeão regional de Santo Antão sénior masculino do campeonato nacional da época 2015/2016 foi “a gota que fez transbordar o copo” e é a causa próxima mais importante para a decisão agora assumida pela direção da Associação Regional.
Adilson Melício denunciou a existência de “um grupo formado na Ribeira Grande com o objetivo de desestabilizar a Associação” e, mesmo dizendo não saber quem “patrocina” esse grupo, sempre vai dizendo que “na última reunião, o presidente da federação esteve a pressionar para nos demitirmos para que ele pudesse criar uma Comissão de Gestão e gerir, ele próprio, a associação”.
“Ele tem vindo a criar entraves e embaraços para prejudicar, o que demonstra que ele tem objetivos claros na associação” acusou Adilson Melício que prefere demitir-se porque, conforme disse, “não quero que a associação saia prejudicada por minha causa”.
Confrontado pela Inforpress, o presidente da Federação Cabo-verdiana de Voleibol (FCV), António Carlos Rodrigues, considerou se tratar de acusações de “má-fé” já que, segundo ele, “em Junho, durante a Assembleia-Geral da Federação Cabo-verdiana de Voleibol, o senhor Adilson despediu-se de todos anunciando que deixaria a Associação para assumir outros compromissos” e, nessa altura, ainda “faltava muito para o campeonato”.
A verdade, segundo António Rodrigues, é que “há uma desorganização total na Associação” que virou do avesso a situação em Ribeira Grande “onde havia um voleibol bem organizado e de altíssimo nível” e agora “nada se faz, nada se organiza” e, para o presidente da FCV, “essa desorganização e esse nada fazer são as razões dos problemas existentes na ARVSA”.
“É muito fácil não fazer nada e atirar as culpas para cima dos outros”, concluiu António Rodrigues.
Comentários