O presidente da Ocean Race, a maior e mais antiga regata do mundo, assumiu hoje, no Mindelo, a vontade de voltar a Cabo Verde dentro de quatro anos, após o sucesso da etapa na ilha de São Vicente.
“O futuro é brilhante para Cabo Verde, em geral. É um país magnífico, com um povo magnífico e uma boa governação. Cabo Verde tem muito a dar ao mundo e a Ocean Race é sobre ligar o mundo, países, continentes. Esta foi a primeira vez que viemos a Cabo Verde e claro que queremos voltar. Claro que queremos voltar”, afirmou Richard Brisius, em declarações à Lusa no Porto Grande, Mindelo, à partida dos veleiros que participam na competição para a segunda etapa, até à África do Sul.
“Tivemos uma experiência maravilhosa em Cabo Verde”, descreveu, assumindo o objetivo de voltar ao arquipélago na próxima competição: “É o que queremos fazer, vamos ver o que o futuro nos reserva. Por agora, obrigado a todos em Cabo Verde, a receção foi espetacular, têm grandes artistas e grandes cérebros. Obrigado, Cabo Verde”.
“Não gostava de ter de partir, mas temos de ir amanhã [quinta-feira]. A próxima volta ao mundo é dentro de quatro anos”, disse ainda.
Trata-se da primeira vez que a principal prova de circum-navegação do mundo faz escala em Cabo Verde e para a categoria VO65 a competição, após a etapa que terminou no Mindelo, volta apenas em junho.
Esta 14.ª edição da Ocean Race partiu em 15 de janeiro de Alicante, Espanha, rumo a Cabo Verde, aonde as embarcações chegaram entre 20 e 22 de janeiro. A segunda etapa, entre o Mindelo e a Cidade do Cabo, África do Sul, arrancou hoje, depois da paragem de quase cinco dias na ilha de São Vicente, para descanso das tripulações e arranjos dos barcos, em paralelo com concertos e atividades culturais e ambientais que juntaram dezenas de milhares de pessoas junto à baía do Mindelo.
A celebrar os 50 anos desde o nascimento em 1973, a Ocean Race mudou este ano de formato e coloca duas classes em competição na mais difícil prova de circum-navegação à vela por equipas.
As embarcações da classe IMOCA 60 vão dar a volta ao mundo, cumprindo sete etapas, enquanto as da classe VO65 vão fazer três etapas, a primeira entre Alicante e o Mindelo, em Cabo Verde, a penúltima que ligará Aarhaus (Dinamarca) a Haia (Países Baixos) e a última entre Haia e Génova (Itália).
Além do VO65 Racing for the Planet da Mirpuri Foundation Racing Team, embarcação da equipa portuguesa que venceu a última edição da então Volvo Ocean Race 2017/18 ao serviço da Dongfeng Race Team, participam na Ocean Race Sprint Cup a Team JAJO, Viva México, Ambersail 2, WindWhisper Racing Team – que venceu a primeira etapa nesta categoria – e a Austrian Ocean Racing powered by Team Génova.
Na classe IMOCA 60, que hoje voltará ao mar a partir de Cabo Verde, a regata à volta do mundo é disputada pelas equipas 11th Hour Racing Team, Guyot environnement — Team Europe, Team Holcim — PRB – vencedora da etapa na sua categoria -, Team Malizia e o Biotherm.
Comentários