Os velejadores Diogo Costa e Carolina João exultaram hoje com o apuramento para os Jogos Olímpicos na classe 470, prometendo agora fazer “o melhor possível” na quinta-feira na ‘medal race’ dos Mundiais de Haia.
“Começámos a campanha a apontar para a segunda ou a terceira [prova de qualificação], mais para esta. Conseguir à primeira é um alívio brutal. Para Jogos Tóquio2020 apurámos os dois à última hora [cada um em classes diferentes], na derradeira vaga, e foi especial. Agora é ainda mais especial”, confessou Diogo Costa, em declarações à Lusa.
Com oito vagas em disputa nestes Mundiais para Paris2024, sendo que cada país só tem direito a uma e a anfitriã França já tem lugar assegurado, os portugueses conseguiram com a oitava posição em Haia, a sexta nesta contabilidade particular para os Jogos.
“Deixa-nos um espaço para prepararmos os Jogos muito melhor do que se fosse à última. Agora temos um ano para nos prepararmos para Paris2024 em vez de nos prepararmos para a qualificação”, destacou.
Atingiram a ‘medal race’ com 95 pontos, a 18 do segundo lugar, ocupado por equipa da Espanha, com 77, bem longe dos japoneses que triunfaram com 39 - a derradeira regata vale o dobro dos pontos e não serve para descartar como pior resultado.
“Vamos dar o nosso melhor. Tentar passar o máximo de barcos possíveis. E sobretudo desfrutar. Há um ano pensávamos que era quase impossível apurar aqui e, afinal, foi possível”, prometeu Carolina João.
A veladora destacou o “muito trabalho” da tripulação, garantindo que vai continuar a “dar no duro para fazer o melhor possível dos Jogos Olímpicos”, uma das formas de “obter apoios, já que a vela é um desporto relativamente caro”.
“O campeonato foi muito longo, mas eles andaram sempre muito bem e souberam aguentar a pressão. Todo o ano tiveram campeonatos bons, mas este foi excelente. Estamos muito contentes com o trabalho de todos os que na federação permitiram que isto fosse possível. Na medal race vamos tentar o melhor possível e tentar estar bem nos Jogos Olímpicos”, acrescentou o treinador da dupla, o espanhol Aaron Sarmiento.
Apesar de a vaga pertencer ao país, Carolina e Diogo não têm tido rivais internos à altura de discutir consigo o lugar nos Jogos.
Os Mundiais de Haia reúnem, até domingo, cerca de 1.400 competidores de 81 países em Haia.
Na capital dos Países Baixos começa a qualificação para Paris2024, sendo que, posteriormente, há um período de repescagem europeu – datas e locais distintos para as diferentes classes –, antes de um último evento, mundial, em França, para atribuição dos derradeiros ingressos.
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