A primeira edição da Mirpuri Foundation Sailing Trophy, uma regata sustentável e com controlo médico que pretende promover o regresso dos velejadores ao mar, entre Cascais e Sesimbra, nos dias 27 e 28 de junho, foi hoje apresentada.
Para assinalar o Dia Mundial do Ambiente, a Fundação Mirpuri, organizadora do evento, com a colaboração do Clube Naval de Cascais (CNC) e Município de Cascais, juntou através de ‘webinar’ os oradores Paulo Mirpuri, Gonçalo Esteves (CNC), o ‘skipper’ francês Yoann Richomme e o velejador português Frederico Melo numa antevisão da prova, que conta, para já, com 16 equipas inscritas.
“Esta regata tem vários objetivos e o primeiro é conceder à comunidade de velejadores a oportunidade de regressar ao mar. Depois de um confinamento, na sequência desta pandemia [covid-19], devemos fazê-lo de forma responsável e segura”, começou por explicar Paulo Mirpuri, presidente da Fundação.
A regata, que poderá contar com a participação de cerca de 50 equipas, colocará ainda em competição, segundo Mirpuri, “vários tipos de barcos e classes” que, de uma perspetiva do público, “poderá ser muito interessante.”
“Queremos mostrar que é possível voltar à vida normal de uma forma segura. Nas equipas teremos médicos e paramédicos e o trabalho deles é avaliar a evolução da pandemia, tomando as medidas certas e prestando cuidados médicos a todos os participantes. Felizmente em Cascais temos visto um progresso positivo, mas o vírus continua a existir, e temos de ter os devidos cuidados”, frisou, antecipando a realização de testes e, em caso de existir algum caso positivo, um segundo teste para confirmação.
Gonçalo Esteves, presidente do CNC, elogiou a capacidade da Fundação Mirpuri de “usar todas estas novas limitações a seu favor, e não contra nós, e mostrar ao mundo que podemos ser pioneiros numa corrida nestas condições.”
“Queremos que os velejadores e todos os participantes apreciem este regresso ao mar numa regata, para já pequena, mas que caminhará para ser um troféu importante em Cascais. Será uma grande oportunidade para voltar a competir numa prova que terá ‘prize-money’”, acrescentou Gonçalo Esteves.
Já Frederico Melo não escondeu a satisfação por Portugal ter uma prova como a Mirpuri Foundation Sailing Trophy, cujo valor das inscrições será suportado pela Fundação Mirpuri e, posteriormente, doado a programas de conservação marinha.
“É espetacular ter uma regata como esta e um alívio voltar ao mar e às provas. É uma sorte termos uma competição destas em Portugal. Todos queremos sentir-nos seguros, depois desta pandemia, e temos de voltar a sentir segurança e a ter uma vida normal”, assumiu o velejador português.
O ‘skipper’ da Mirpuri Foundation Team, Yoann Richomme, por sua vez, destacou a “extrema importância de voltar ao mar” depois do confinamento imposto pela pandemia da covid-19.
“Não podemos continuar a viver assim, temos de voltar à normalidade. Passámos por uma crise e acho que não devemos deixar de viver depois disto. Temos um clube, um ‘sponsor’, uma organização a trabalhar para colocar este grande evento na água e isso é um sinal que as coisas estão sob controlo e, de alguma forma, podemos voltar a viver uma vida normal”, defendeu o francês, alertando para a necessidade das equipas voltarem ao mar, podendo ser este “um caminho para a retoma da normalidade.”
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