O velejador João Rodrigues, recordista português de presenças olímpicas (seis), mostrou-se hoje satisfeito com a decisão da Federação Internacional de Vela (ISAF) em manter o RS:X (windsurf) no programa dos Jogos Olímpicos.
O atleta madeirense acompanhou todo o processo e disse à agência Lusa que a reintegração, decidida no sábado, «foi uma demonstração clara de que o windsurf devia continuar como modalidade olímpica».
«Todos estes milhares de velejadores que abraçaram o windsurf, e têm como sonho um dia chegar aos Jogos Olímpicos, viram, de um dia para o outro, uma decisão incompreensível tirar-lhes o tapete debaixo dos pés», afirmou o velejador, sublinhando: «Foi por eles que nós fizemos um esforço muito grande para que isso fosse possível».
João Rodrigues criticou a ISAF, que «não soube escutar a opinião dos velejadores e das principais federações envolvidas neste processo e foi adiando o problema, até deixar que tudo se resolvesse na assembleia-geral», o que provocou que o kitesurf e o windsurf tivessem de disputar uma vaga «injustamente».
«A ISAF devia ter tentado congregar ou juntar estas duas modalidades nos Jogos Olímpicos», modalidades que são, segundo o português, «as que hoje em dia dão mais visibilidade à vela».
Questionado sobre se ainda pensava numa sétima presença em Jogos Olímpicos, o velejador madeirense confirmou apenas que marcará presença no campeonato do Mundo RS:X a realizar em Búzios (Brasil), em fevereiro de 2013.
«Passei os últimos seis anos a treinar em Búzios. Tenho muito bons amigos lá, e já tinha como ponto assente que iria lá participar neste campeonato do Mundo. A única coisa que posso dizer é que vou estar presente nesse mundial, depois, conforme me for sentindo, logo verei», disse o atleta, não fechando totalmente a porta aos Jogos do Rio de Janeiro de 2016.
João Rodrigues, 41 anos, foi campeão da Europa e vice-campeão do Mundo em 2008, tendo ainda contabilizadas as seis presenças olímpicas, que fazem dele recordista nacional absoluto.
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