O velejador Álvaro Marinho tornou-se hoje no primeiro português a vencer a Troia Portugal Match Cup, ao bater na final o francês Pierre-Antoine Morvan, numa prova realizada no rio Sado.
Num dia repleto de adversidades para os velejadores, com mudanças de vento e algumas alterações de percurso, Álvaro Marinho venceu o francês Arthur Herreman nas "meias" e voltou a fazê-lo, na final, frente a Pierre-Antoine Morvan, o número 12 do "ranking" mundial.
Na luta pelos terceiro e quarto lugares, Diogo Pereira (representante de Pedro Rebelo de Andrade) e Arthur Herreman fizeram apenas uma regata, na qual o francês venceu o “skipper” luso. Nas regatas que determinaram os quinto e sexto lugares, Bernardo Freitas perdeu para Afonso Leite.
No final, Álvaro Marinho mostrou-se «muito feliz», declarando que a vitória representou «um regresso em grande» às provas de match racing, na qual competem embarcações iguais.
«Estávamos afastados do match racing há algum tempo e tivemos logo um adversário bastante forte, o Morvan, que é um excelente velejador, tendo sido já o número três mundial. Creio que igualámos o saldo de vitórias e isso era o mais importante», sublinhou.
O "skipper" português destacou o trabalho da sua equipa, afirmando ter conseguido «excelentes regatas» e evoluir de dia para dia e ultrapassar «os erros iniciais, naturais da pouca rotatividade».
«Foi um dia muito difícil, as condições estiveram sempre instáveis, mas beneficiámos de ter partido à frente e ter tomado as melhores decisões, que nos permitiu ganhar a vantagem suficiente para conquistar o troféu e sermos os primeiros portugueses a conquistar o Portugal Match Cup», concluiu o velejador português.
O finalista vencido recordou que as regatas foram «muito disputadas», lamentando apenas os «três erros fatais na pré-largada».
«Não conseguimos recuperar de forma alguma, o Marinho andou muito bem. Independentemente do resultado, foram regatas espetaculares, Troia tem um bom plano de água, a organização foi perfeita, queremos voltar no próximo ano», salientou Pierre-Antoine Morvan.
Quanto ao diretor executivo da prova, Sá Machado, afirmou que se dinamizou «ao máximo» a competição, «usando a Troiamarina como posto base» e «dando o retorno possível» à península de Troia.
«Destacamos a alegria de todas as tripulações, aproveitaram o espaço ao máximo, desfrutaram desta baía linda, as condições foram as ideais e saíram contentes com as suas participações», concluiu o responsável máximo pela organização da Troia Portugal Match Cup.
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