Pedro Sousa salvou hoje a honra do ténis nacional no Lisboa Belém Open, ao conseguir uma reviravolta impossível diante do argentino Federico Coria, para assumir-se como único representante luso nos ‘quartos de final’.
A meio da tarde, a participação portuguesa no novo ‘challenger’ lisboeta parecia condenada ao fracasso: Frederico Silva e João Domingues já tinham caído e o rapaz da casa estava a um ponto de ficar a perder por 0-4 no segundo ‘set’, após ter ‘oferecido’ o primeiro ao 241.º jogador mundial.
Mas, incentivado pelo fator casa, o até então errático Pedro Sousa renasceu na terra batida do ‘court’ do Club Internacional de Foot-Ball e impôs-se a Coria, por 2-6, 7-6 (7-5) e 6-0, numa reviravolta que até o número três português teve dificuldade em explicar.
“É uma boa pergunta, se soubesse fazia mais vezes”, brincou o sétimo cabeça de série, que nos quartos de final vai defrontar o italiano Gianluigi Quinzi.
Único representante nacional nos ‘quartos’ de singulares do Lisboa Belém Open, o 154.º tenista ATP lamentou ter ficado sozinho no ‘challenger’, após a eliminação, ao início da jornada, de Frederico Silva e João Domingues.
Se o 378.º jogador mundial ainda chegou a sonhar diante do belga Joris de Loore, mas acabou derrotado por 7-5 e 6-1, Domingues esteve sempre bem ciente de que este não era o seu dia.
“Estava sem energia, não estava capaz de ser reativo e de me manter sólido a nível mental. À mínima coisa, estava a ficar impaciente, desconcentrado.
O foco não estava lá. Isso é consequência do que ando a fazer. É sinónimo de algum desgaste. Os meus índices físicos já denotam isso. Vou parar um bocadinho, porque estou a ficar com algumas mazelas”, assumiu o número quatro português, depois de perder com o húngaro Attila Balazs, por 6-4 e 6-2.
Com a representação portuguesa de singulares confinada a Pedro Sousa, que, a par do japonês Taro Daniel (3.º) é o único dos cabeças de série ainda em prova, depois da queda do sexto pré-designado, o espanhol Roberto Carballés Baena, diante de Oscar Otte, pelos parciais de 6-3 e 7-6 (7-1), coube a Frederico Gil e Gonçalo Oliveira prolongar a presença nacional em pares.
Num duelo 100% nacional, Gil e Oliveira derrotaram João Domingues e Frederico Silva, por 6-4 e 6-3, em uma hora e 12 minutos, para avançarem para as meias-finais de pares.
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