Pedro Sousa e Frederico Silva mostraram-se hoje contentes por terem contribuído para o triunfo por 5-0 de Portugal sobre Israel e realçaram a importância da Taça Davis em ténis nas suas carreiras.
"Fica mais bonito 5-0 do que 3-2, conseguimos os dois pontos que faltavam e estamos muito contentes", começou por brincar Pedro Sousa.
Nascido e criado nos ‘courts' de terra batida do Clube Internacional de Foot-Ball (CIF), em Lisboa, o número três nacional era hoje um homem feliz por ter podido jogar em frente aos seus.
"Se calhar passei mais tempo aqui [CIF] do que em casa. Hoje, joguei frente a pessoas que vejo todos os dias, que só têm oportunidade de me ver treinar e nunca me veem jogar. Não sei se foi o meu melhor encontro na Davis, mas foi um dos melhores. Estava a sentir bem a bola. Se calhar estou na melhor forma da minha carreira, não sei se alguma vez cheguei em tão boa forma à Taça Davis", assumiu Sousa, que venceu o israelita Yshai Oliel, por 6-2 e 6-0.
O 192.º jogador mundial confessou ainda que a sua presença no último encontro da primeira eliminatória do Grupo I da zona euro-africana esteve em risco até ao momento de pisar o ‘court'.
"Tinha estado com dores desde a semana passada e desde sábado que estou a fazer tratamentos. Estava a sentir-me bem, mas a treinar com o ‘Kiko' voltei a sentir dores. Estive em dúvida para entrar em campo ate à última hora. Desde já agradeço ao Nuno [Marques, o selecionador] e a toda a equipa que me puseram à vontade para desistir para não pôr em causa o resto da temporada", assumiu.
Pedro Sousa falou ainda do privilégio que é representar Portugal na principal prova por seleções do ténis.
"Todos nós abdicamos de torneios para estar aqui, somos uma equipa em que somos todos amigos, conhecemo-nos há dez anos. Estamos todos a puxar pelo mesmo, temos o sonho de chegar ao Grupo Mundial", reconheceu.
Também Frederico Silva, que venceu Daniel Cukierman, por 6-2 e 6-0, enalteceu o prazer que sente ao ser convocado para a Taça Davis.
"A eliminatória já estava decidida e é sempre bom termos oportunidade de jogar e dar o nosso contributo à seleção. Gostei muito de poder jogar hoje. Jogar a Taça Davis é um orgulho enorme. Desde novo que joguei pela seleção, mas jogar em seniores é especial. É um ambiente diferente", destacou.
Tal como Pedro Sousa, também ‘Kiko' sacrifica a carreira a pensar na sua seleção, como aconteceu antes do confronto com Israel.
"Tentamos estar bem fisicamente, sem lesões. Eu estive no Egito, senti umas dores e optei por não jogar o último torneio para estar bem esta semana", contou.
O jovem de 21 anos mostrou-se ainda preparado para jogar singulares na primeira jornada das eliminatórias da Davis, que normalmente estão reservados a João Sousa e Gastão Elias, os dois melhores tenistas nacionais.
"Sinto-me a jogar cada vez melhor, nesse sentido tenho azar de estar a jogar nesta altura [com João Sousa e Gastão Elias no topo das suas carreiras]. Estão todos a jogar muito bem. O João e o Gastão têm um ‘ranking' muito superior, é normal que estejam mais preparados. Mas sinto-me preparado para jogar quando o selecionador achar que posso jogar à sexta-feira", concluiu.
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