
“Tenho-me sentido melhor fisicamente. É verdade que não joguei muito nos últimos tempos, mas sinto-me bem a treinar e acho que vou estar preparado. Já estou a treinar normalmente. Ainda não estou na forma desejada, mas estou a tentar aproximar-me do nível o mais rápido possível”, contou, em declarações à Lusa.
O lisboeta, número dois nacional e atual 115.º colocado no ‘ranking’ mundial, contraiu um edema ósseo no pé esquerdo durante a digressão pela América Latina, no final de fevereiro, e ficou afastado dos ‘courts’ durante dois meses.
No regresso à competição, após a derrota na abertura do Estoril Open, viu-se obrigado a desistir na segunda ronda do ‘qualifying’ do Masters 1.000 de Roma com uma lesão no braço.
Depois de abdicar, igualmente, de defender o título do Oeiras Open 5, no Jamor, por “não estar 100% bem”, como explicou na altura, Faria reconhece agora estar “muito ansioso” por voltar à capital francesa, onde vai jogar pela primeira vez o quadro principal da prova, que decorrerá entre 25 de maio e 08 de junho.
“É uma competição muito importante, um torneio que no ano passado me deixou alguma mágoa por não ter passado ao quadro principal e ter ficado pela última ronda do ‘qualifying’. É impossível não estar motivado e ansioso. Sinto-me bem e super feliz”, frisou Faria, eliminado, em 2024, no último encontro da fase prévia pelo brasileiro Felipe Meligeni.
Jaime Faria, que em fevereiro chegou a atingir o seu melhor ranking de sempre, o 87.º lugar, vai defrontar na estreia em Roland Garros o norte-americano Jenson Brooksby (165.º ATP), campeão do ATP 250 de Houston e antigo 33 do mundo, mas a sua “expectativa é competir da melhor maneira possível, colocar o melhor jogo em campo e ver no que dá”.
“O mais importante é voltar a sentir-me a jogar bem, como terminei 2024 e iniciei este ano. O meu nível está lá, tenho andado a trabalhar bem e é voltar a focar-me no que tenho de fazer no campo, porque fora sinto que tenho feito as coisas bem”, acrescentou.
Quanto aos objetivos mais imediatos, o tenista do Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis, eliminado este ano na segunda ronda no Open da Austrália pelo sérvio Novak Djokovic, confessa que são simples.
“Recuperar os meus níveis físicos ideais, voltar a jogar alguns torneios consecutivamente, voltar ao ritmo, treinar bem, preparar-me da melhor maneira e, se continuar a fazer as coisas bem, voltarei a subir no ranking e os resultados vão aparecer. Mas, sobretudo, vou focar-me no que tenho de fazer para voltar a jogar como no início do ano e jogar os torneios maiores que é o que eu quero e com os quais sempre sonhei”, rematou.
Jaime Faria, de 21 anos, é um dos três portugueses com lugar garantido na prova de singulares do ‘major’ francês, a par de Nuno Borges e Henrique Rocha, apurado hoje através da fase de qualificação, enquanto Francisco Cabral jogará a competição de pares, ao lado do parceiro austríaco Lucas Miedler.
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