O ex-tenista brasileiro Gustavo Kuerten, mais conhecido por Guga, tricampeão de Roland Garros, foi esta quarta-feira condenado a pagar sete milhões de reais (1,95 milhões de euros), devido a irregularidades no pagamento de impostos.
O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais negou assim o recurso do ex-tenista, que, já avisou, porém, que vai recorrer da decisão de hoje.
Em causa, estão rendimentos obtidos entre 1999 e 2002 através da empresa Guga Kuerten Participações em contratos de direito de imagem, que, segundo a Receita Federal, deveriam ter sido tributados como pessoa física e não como pessoa jurídica.
Guga deveria ter pagado imposto equivalente a 27,5% do total, mas pagou 20% como pessoa jurídica, sendo a diferença o valor da multa.
Em comunicado citado pela imprensa brasileira, o atleta considerou a decisão "um absurdo" e "lamentável", citando legislação de 2005, que permite a exploração da imagem por pessoa jurídica, e frisando que ele não teria como tratar de todo o negócio relacionado com a sua imagem sozinho.
"Se eu quisesse utilizar a pessoa jurídica simplesmente para ter benefício fiscal, seria muito mais fácil ter ido morar fora do Brasil, até porque eu passava muito mais tempo no exterior do que aqui", desabafou.
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