
A dois dias do Dia Internacional dos Direitos das Mulheres, a WTA e o fundo soberano saudita (PIF) anunciaram na quinta-feira (6) que este último financiará "até 12 meses" a licença de maternidade para as jogadoras do circuito.
Graças a este novo programa, para o qual "mais de 320 jogadoras" serão elegíveis, as beneficiárias serão remuneradas pelo PIF durante a duração dea sua licença, informaram a WTA e o PIF em comunicado conjunto.
Os tratamentos contra a infertilidade também poderão ser financiados pelo PIF, um colaborador cada vez mais presente no circuito feminino de ténis.
Para se beneficiar do financiamento do PIF, as jogadoras deverão participar "de um certo número de torneios da WTA num período específico", disseram os dois organismos, sem oferecer mais detalhes sobre que torneios.
O apoio financeiro anunciado na quinta-feira "facilitará a tarefa das jogadoras que desejam conciliar a sua carreira e suas aspirações de começar uma família", celebrou a ex-número 1 mundial, a bielorrussa Victoria Azarenka, citada no comunicado como representante do Conselho de Jogadoras do circuito WTA.
Para a presidente da WTA, Portia Archer, também citada no texto, esta iniciativa oferecerá à geração atual de jogadoras e às próximas o apoio e a flexibilidade necessários para uma vida familiar.
Várias jogadoras importantes interromperam as carreiras para serem mães, o que teve um impacto desigual nas suas trajetórias.
A belga Kim Clijsters conseguiu ganhar três torneios do Grand Slam (US Open 2009 e 2010, Open da Austrália 2011) após ter a primeira filha em 2008.
A norte-americana Serena Williams, vencedora de 23 títulos do Grand Slam, não ganhou nenhum deles após ter a primeira filha em setembro de 2017. Serena chegou, no entanto, a quatro finais entre Wimbledon e o Open dos Estados Unidos.
A japonesa Naomi Osaka, quatro vezes campeã de torneios do Grand Slam e ex-número 1 mundial, voltou aos cortes no início de 2024 após ter uma filha. Desde então, o seu melhor resultado foi um vice-campeonato num torneio menor, em Auckland (Nova Zelândia).
Apesar das críticas de algumas figuras do ténis sobre os direitos das mulheres no país, a Arábia Saudita multiplicou os investimentos no circuito WTA nos últimos anos e, desde 2024, organiza em Riade o Masters feminino (WTA Finals).
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