A organização do Estoril Open em ténis quer que o segundo ano do evento seja de consolidação, depois de uma primeira edição preparada em tempo recorde, acreditando que o evento pode ser visto ao vivo por 35 mil espetadores.
"Queremos consolidar e manter este torneio firme por muitos e bons anos", afirmou João Zilhão, diretor do Estoril Open, num pequeno-almoço com a imprensa que serviu também para apresentar dados económicos relativos a 2015, ano em que o torneio sucedeu ao Portugal Open.
Depois de na primeira edição o Estoril Open ter sido visto ao vivo por 31.192 pessoas, a organização acredita num aumento de espetadores e, para isso, mantém a aposta na diminuição do preço dos bilhetes, que deverá variar entre os cinco e os 30 euros, com algumas exceções para as primeiras filas, nas quais os ingressos podem custar até 45 euros.
Com as presenças garantidas do português João Sousa, atual 37.º classificado da hierarquia mundial, do australiano Nick Kyrgios, finalista vencido em 2015, e dos franceses Gilles Simon e Jo-Wilfried Tsonga, a organização remete para mais tarde os nomes dos beneficiados com os três ‘wild-cards’ disponíveis, não descartando a hipótese de entregar um a Gastão Elias, número dois português.
“A hipótese do Gastão Elias [atual 121.º do ‘ranking’] está em cima da mesa, tenho falado com ele muitas vezes”, afirmou João Zilhão, remetendo para 31 de março uma conferência de imprensa com mais novidades sobre o torneio, que decorrerá entre 25 de abril a 03 de maio.
Com um orçamento global de 3,5 milhões de euros, João Zilhão destacou o facto de a prova, do calendário da Associação de Tenistas Profissionais (ATP), estar garantida até 2018 e decorrer na mesma semana de provas bem conhecidas como os torneios de Istambul e Munique.
“As inscrições para o torneio terminam a 14 de março. Só no dia 15 saberemos quem está interessado, por isso, até à última hora, os três ‘wild-cards’ podem ser uma surpresa”.
Ao contrário do seu “antecessor”, que se realizava nos ‘courts’ do Jamor, o Estoril Open é exclusivamente masculino, facto que João Zilhão acredita ser difícil de alterar nos tempos mais próximos.
“É um torneio ATP perfeito. O Clube de Ténis do Estoril não tem dimensão para um torneio combinado, no qual, quase tudo, desde os balneários aos campos de treinos, tem de ser duplicado. Há várias situações que complicam essa hipótese. Neste momento, estamos empenhados em consolidar esta prova”, explicou João Zilhão.
No ano passado, a 3Love, uma empresa que nasceu da conjugação de esforços da U.Com, empresa sedeada na Alemanha especializada na comunicação e organização de eventos, do empresário holandês e ex-tenista Benno Van Veggel e da Polaris Sports, do empresário Jorge Mendes, conseguiu manter no calendário do circuito ATP uma prova em Portugal, que acabou por ser conquistada pelo francês Richard Gasquet.
Apesar de admitir que foram feitos “muitos e grandes esforços”, João Zilhão assegurou hoje que “um mês após o final do torneio de 2015, todas as dívidas estavam liquidadas”.
No entanto, admitiu, “existem dívidas de eventos anteriores que não nos dizem respeito”.
Como no ano anterior, a prova dotada de prémios de 250.000 euros, conta com o apoio do Millennium BCP, que também patrocina João Sousa, e da Câmara Municipal de Cascais.
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