O selecionador de râguebi de Portugal, Patrice Lagisquet, atribuiu à Geórgia o favoritismo para a conquista do Europe Championship 2023, em Badajoz, mas lembrou que a seleção lusa tem de mostrar o que evoluiu no último ano.
“Não somos favoritos, corremos por fora, mas temos de nos lembrar que empatámos há um ano, que conseguimos ser competitivos em julho e só temos de mostrar que estamos cada vez melhores”, comentou o técnico francês, após a adaptação ao relvado do Estádio Nuevo Vivero, em Badajoz.
Portugal defronta a Geórgia hoje, na final do Europe Championship de râguebi e, segundo Lagisquet, os 'lelos' têm um favoritismo de 70-30 ou 75-25”, mas isso é irrelevante a partir do momento em que começa a partida.
“Quando estás no campo, não podes pensar nisso, só podes pensar em competir e ver o que acontece”, lembrou.
O técnico tinha lembrado, durante a semana, que a Geórgia vai apresentar-se na máxima força contra Portugal pela primeira vez, desde que assumiu o comando dos ‘lobos’, e manteve a confiança de que a seleção pode “jogar bom râguebi”, apesar das várias ausências.
Além de Raffaele Storti e Nuno Sousa Guedes, que se lesionaram nas meias-finais, contra a Espanha, e Rafael Simões e Samuel Marques, igualmente ausentes, a seleção ficou também, esta semana, sem o seu recordista de ensaios.
“Perdemos o Rodrigo Marta, que esteve doente esta semana, mas temos de mostrar que estamos preparados para competir. Para o Mundial, vamos precisar de 30 jogadores e temos de mostrar que, mesmo que mudemos alguns, continuamos a jogar a um bom nível”, definiu.
Nesse sentido, o ‘Express de Bayonne’ continua a acreditar que a Geórgia “é realmente o melhor adversário” para Portugal perceber se consegue “manter o nível durante 80 minutos” e ganhar a final poderá ser um aporte de confiança importante na preparação para o França2023.
“Vai ajudar-nos a acreditar que podemos ganhar um jogo no Mundial. Mas, como dizem todos os treinadores, temos de fazer as coisas passo a passo”, concluiu.
A mesma opinião tem José Lima, centro da seleção, que reconheceu que “a Geórgia tem demonstrado que é o alvo a abater”, até pelos resultados que tem feito, com “vitórias contra Itália, Samoa e País de Gales”.
“Claro que vai ser um grande teste para nós e, se nos conseguirmos bater com uma grande Geórgia, é um sinal que mandamos ao mundo do râguebi, a dizer que vamos estar preparados e bem presentes no Mundial, que não vamos em passeio, vamos para ter alguns resultados positivos”, frisou o ‘subcapitão’ de Portugal.
A final do Europe Championship 2023 de râguebi, entre Portugal e Geórgia, disputa-se hoje, às 19h (hora de Lisboa), no Estádio Nuevo Vivero, em Badajoz.
Portugal vai tentar conquistar o principal título europeu da modalidade pela segunda vez no seu historial, após arrecadar o troféu em 2004, tornando-se a única seleção a 'intrometer-se' no domínio da Geórgia (14 títulos) e Roménia (cinco) desde que a competição começou a ser disputada, no ano 2000.
Para chegar à final, a seleção portuguesa ganhou o Grupo B, com vitórias sobre Bélgica (54-17), Polónia (65-3) e Roménia (38-20), antes de afastar a Espanha (27-10), nas meias-finais.
Já a Geórgia, que venceu o Grupo A, contra Alemanha (75-12), Países Baixos (40-8) e Espanha (41-3), e superou a Roménia (31-7) nas meias-finais, é pentacampeã em título e venceu 11 das últimas 12 edições do Europe Championship.
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