O treinador adjunto da seleção portuguesa de râguebi João Mirra assumiu hoje que Portugal não é favorito, mas quer vencer a Geórgia, no sábado, em Toulouse, em partida do Mundial de França2023.
“Não estamos com rodeios: não somos favoritos, mas queremos ganhar. Tudo o que não seja uma vitória neste jogo, não é um resultado positivo”, atirou o assistente de Patrice Lagisquet, em conferência de imprensa, após o ‘Captain’s Run’ da equipa portuguesa no Stadium de Toulouse.
Portugal não vence a Geórgia há 18 anos, desde 2005, um dado que “condiciona de forma positiva” a forma como a equipa se vai apresentar em campo, considerou o treinador.
“Há pressão, queremos essa pressão, estamos cá por causa dela, mas a maior pressão vem de nós para nós próprios, porque acreditamos que isso pode ser um ‘boost’ para conseguirmos, desta vez, ganhar à Geórgia”, explicou o também treinador do Belenenses.
Sobre as quatro alterações no ‘quinze’ titular, em comparação com o encontro de estreia, frente ao País de Gales (derrota por 28-8), Mirra frisou que se explicam “pela qualidade de todos os jogadores” e vincou que “não são um castigo para ninguém, antes pelo contrário”.
“Temos um grupo alargado, com muita qualidade, e dificilmente os jogadores vão conseguir fazer os quatro jogos da fase de grupos ao mesmo nível durante 80 minutos. Alguns também precisam de descansar e, depois, tem a ver com adaptações da nossa equipa ao adversário”, comentou o técnico adjunto.
Em relação ao jogo anterior, Diogo Hasse Ferreira entra para o lugar de Anthony Alves, enquanto José Madeira volta de lesão para o posto que foi ocupado por Martim Belo e Pedro Bettencourt entra diretamente para o lugar de José Lima.
A única alteração ‘forçada’ é a entrada de Raffaele Storti, para o lugar de Vincent Pinto, que se encontra suspenso por dois jogos, após cartão vermelho frente ao País de Gales, e abre “uma oportunidade” para o ponta do Béziers (França).
“Nunca é bom ter um colega de equipa nestas condições, mas espero agarrar bem a oportunidade e que, como equipa, façamos um bom jogo e consigamos o objetivo, que é a vitória. O que o Vincent [Pinto] falha menos na defesa eu posso compensar no ataque, mas somos todos muito parecidos e todos temos qualidade para jogar”, comentou Storti.
De resto, e como tinha sido referido por João Mirra, Portugal vai ter de “igualar a Geórgia nas fases estáticas” e o avançado João Granate considerou que “a entrada de mais um avançado para o banco”, onde os ‘lobos’ vão ter seis jogadores para render os oito da frente, vai ajudar a “manter a intensidade o máximo de tempo possível”.
“Para os jogadores que começam de início, sabemos que temos de dar 200%, tudo o que temos, porque há outros jogadores com a mesma qualidade que vão acabar o jogo da mesma forma que os outros começaram. Essa estratégia passa por isso, por manter a intensidade nos avançados durante os 80 minutos”, comentou o jogador do Direito.
Portugal defronta a Geórgia no sábado, em Toulouse, em partida da terceira jornada do Grupo C do Campeonato do Mundo de râguebi França2023, com início marcado para as 14:00 locais (13:00 em Lisboa), no Stadium de Toulouse, e arbitragem do neozelandês Paul Williams.
A seleção portuguesa, que folgou na primeira jornada, estreou-se na competição, no sábado, com uma derrota por 28-8 frente ao País de Gales, enquanto a Geórgia perdeu com a Austrália por 35-15 na primeira jornada e 'descansou' no último fim de semana.
Após o encontro com a Geórgia, os 'lobos' têm ainda agendadas partidas com Austrália (01 de outubro) e Fiji (08 de outubro).
O Mundial de râguebi França2023 teve início em 08 de setembro e disputa-se até 28 de outubro.
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