O presidente da Federação Portuguesa de Râguebi (FPR), Carlos Amado da Silva, foi reeleito para o quadriénio de 2023-27 com o objetivo de “refazer” a modalidade a nível interno, disse hoje o dirigente à agência Lusa.
Amado da Silva, que liderava a única lista candidata, vai ser empossado na quinta-feira, exatamente uma semana após ter sido reconduzido com os votos de todos os 63 dos 89 delegados eleitos que votaram, em Oeiras, ou que enviaram o voto por correspondência.
“Agora é continuar a trabalhar, pois há muito para fazer e não é só o Mundial. Em termos internacionais, os resultados não podiam ter sido melhores, mas em termos de clubes, devido à pandemia [de covid-19], está quase tudo por refazer”, apontou o presidente reeleito, em declarações à agência Lusa.
Nesse sentido, revelou, vai ser iniciado “um projeto de divulgação do râguebi” por “todo o país”, para regressar “rapidamente aos 10 mil” atletas federados e, “em 10 anos, chegar aos 20 mil” no râguebi masculino, além de “passar das atuais cerca de 500 mulheres inscritas para 1.000”.
“Sem isso, o râguebi não é sustentável. Vamos divulgar muito mais a modalidade e, sobretudo, pensar que o râguebi tem de ser uma modalidade nacional. Vamos apostar forte nisso”, vincou Amado da Silva.
Em termos de seleção portuguesa, o próximo ano, após a participação no Mundial de França2023, “vai ser de transição e renovação”, mas Amado da Silva diz estar “absolutamente convencido” de que Portugal voltará a marcar presença no certame em 2027.
“Estamos mais do que confiantes em relação ao apuramento para o Mundial da Austrália, não só pelo [previsível] aumento do número de equipas europeias, como também pela qualidade que a equipa demonstra”, assumiu.
Antes do mandato que agora termina, Amado da Silva já tinha presidido à FPR entre 2010 e 2015, quando perdeu as eleições para Luís Cassiano Neves, que não completou o seu mandato, demitindo-se em 2018 e deixando o organismo entregue a uma Comissão de Gestão até ao ato eleitoral do ano seguinte.
Amado da Silva voltou, então, a ser eleito, em abril de 2019, vencendo uma lista liderada por Lourenço Fernandes Thomaz, com 59 votos contra 41, num total de 101 delegados votantes.
No decorrer do último mandato de Carlos Amado da Silva, a seleção portuguesa de râguebi subiu ao 'Championship', principal escalão europeu da modalidade (com exceção do torneio das Seis Nações), após um 'interregno' de três anos no escalão inferior, e qualificou-se para o Mundial França2023.
Será apenas a segunda participação de sempre de Portugal no Mundial, após a histórica campanha dos 'lobos' no França2007.
As eleições para os órgãos sociais da FPR realizam-se de quatro em quatro anos, desde 2011, após a adequação dos estatutos do organismo ao, então, novo Regime Jurídico das Federações Desportivas.
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