A seleção portuguesa de râguebi venceu hoje a Bélgica por 23-17, em Lisboa, dando um passo decisivo para a manutenção no Europe Championship, principal escalão europeu da modalidade, com exceção do torneio das Seis Nações.
A vitória sobre o adversário direto deve permitir a Portugal escapar ao último lugar, evitando um perigoso ‘play-off’ com o vencedor do escalão abaixo e garantindo a presença no ‘Seis Nações B’, no próximo ano, quando se inicia a qualificação para o Mundial’2023.
A vitória foi mais complicada do que o resultado de 14-0 ao intervalo deixava antever, devido a um início de segunda parte onde Portugal se deixou ‘enredar’ no estilo de jogo dos belgas, mas a seleção soube emendar a abordagem a tempo e assegurar os quatro pontos.
Apesar das dificuldades nos alinhamentos, que continuam a ser uma lacuna portuguesa, Manuel Cardoso Pinto adiantou os ‘lobos’ aos 13 minutos, aparecendo bem no apoio interior a António Vidinha na jogada do primeiro ensaio.
Ainda antes do descanso, José Maria Vareta fez novo toque de meta (33), no seguimento do primeiro alinhamento ‘limpo’ conquistado. Duas transformações irrepreensíveis de Danny Antunes determinaram a vantagem de Portugal no final do primeiro tempo.
No início da segunda parte, a seleção portuguesa começou a cometer faltas em zonas ‘proibidas’ e permitiu à Bélgica montar formações ordenadas altas nos últimos cinco metros, precisamente o ponto forte dos ‘diabos pretos’.
Os movimentos resultaram em dois ensaios belgas, um de penalidade (43) e um de Thomas De-Molder (52), voltando a igualar o marcador (17-17) a meio da segunda parte, depois de ambas as equipas terem também convertido uma penalidade.
A seleção portuguesa, apesar de jovem, conseguiu perceber a tempo que tinha de parar de fazer faltas e, dessa forma, voltou a conseguir colocar o jogo no meio campo belga.
Danny Antunes, com uma exibição irreverente e 13 pontos, voltou a adiantar Portugal numa penalidade (66). Depois disso, foi um jogo de paciência exemplar, com os ‘lobos’ a superiorizarem-se em duas formações ordenadas, a última das quais a resultar na penalidade com que Antunes sentenciou a partida (78).
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