O selecionador português de râguebi, Patrice Lagisquet, apontou esta quarta-feira a seleção da Nova Zelândia como a principal candidata a conquistar o Campeonato do Mundo de 2019, que tem início na sexta feira, no Japão.
Numa análise feita para a Lusa, o técnico francês não hesitou em apontar os 'All Blacks' como favoritos, apesar de a equipa de Steve Hansen não ter ido além do terceiro lugar no recente Rugby Championship 2019 - também conhecido como Torneio das Quatro Nações - atrás de África do Sul e Austrália.
"Os favoritos não deixam de ser os neozelandeses. Apesar da derrota frente à Austrália (26-47), foram impressionantes a partir do momento em que decidiram discutir esse jogo", justificou o técnico.
Lagisquet, de resto, aposta tudo nas seleções do hemisfério sul, apesar de a Irlanda chegar ao Japão na liderança do 'ranking' mundial, tendo sucedido nessa posição ao País de Gales na semana passada.
"O 'ranking' é um indicador, mas o Mundial é uma competição muito dura, devido ao encadeamento de jogos, e penso que nações como Austrália, África do Sul e Inglaterra serão muito mais competitivas com os seus plantéis mais ricos do que a Irlanda ou o País de Gales", justificou o francês, acrescentando que, no seu entender, ingleses e sul-africanos correm como 'outsiders'.
O treinador que assumiu este ano o comando da seleção portuguesa acredita, ainda, que este será um Mundial com "jogos espetaculares e muitos ensaios", apesar de esperar confrontos "mais fechados entre os principais candidatos ao título", cujas defesas serão "muito agressivas e eficazes".
O antigo tricampeão francês, que marcou presença na principal competição mundial de seleções, em 2015, em Inglaterra, como adjunto do selecionador gaulês Philippe Saint-André, reforçou, ainda, que acredita na qualificação de Portugal para o Mundial de 2023.
"O caminho passa por criar uma equipa com os melhores jogadores portugueses, complementada por lusodescendentes profissionais que acrescentem força e experiência. O potencial dos jovens portugueses é impressionante e temos de dar-lhes condições para se tornarem competitivos frente às melhores seleções do Seis Nações B", traçou Lagisquet.
O técnico defende que "o grande desafio será conseguir um grupo solidário em que todos os jogadores se orgulhem de vestir a camisola da seleção, independentemente da sua experiência, origem ou estatuto de amador ou profissional".
"A exigência e o compromisso têm de ser iguais para todos e fazer parte dos 'Lobos' tem de ser visto como um privilégio e uma honra que devem ser respeitados", concluiu.
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