O médico chefe da Federação Internacional de Rugby (World Rugby), Eanna Falvey, admitiu hoje que ficaria “muito surpreso” se as competições, interrompidas pela covid-19, não fossem retomadas em 2020.
“Eu não descartaria [a possibilidade de o râguebi retomar até dezembro]. De facto, ficaria muito surpreendido se as competições não fossem retomadas antes do final do ano”, disse Eanna Falvey numa entrevista ao jornal Irish Times.
Ainda de acordo com Eanna Falvey, isso não significa que a prática de râguebi possa ser retomada em todos os lugares, mas há países como a Austrália e a Nova Zelândia que “estão em melhor posição para encontrar o caminho de volta ao campo”.
“Provavelmente, eles [Austrália e Nova Zelândia] estão muito perto de poder retomar as competições ou, pelo menos, regressar aos treinos [após a suspensão determinada pela pandemia de covid-19]”, disse o médico chefe da federação internacional.
Eanna Falvey defende o regresso à competição com público nos estádios, o que contraria as indicações da federação divulgadas no início da semana, em que defendia a necessidade de jogar à porta fechada até à descoberta de uma vacina.
“Assim que tivermos partidas de râguebi, teremos público. A lotação dos estádios não será decidida pelo World Rugby ou pelas federações nacionais, mas pelos governos e pelos limites que impõem às reuniões públicas”, afirmou.
O responsável médico da federação internacional, cargo que assumiu em janeiro, disse ainda que o râguebi é erradamente considerado um desporto com alto risco de contaminação.
“Fiquei bastante desapontado ao ver que o râguebi estava na mesma categoria do judo ou da luta livre nas diretrizes irlandesas e não na do futebol ou do futebol gaélico”, disse Falvey.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 260 mil mortos e infetou cerca de 3,7 milhões de pessoas em 195 países e territórios. Mais de um 1,1 milhões de doentes foram considerados curados.
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