A equipa portuguesa Lusitanos XV vai participar na Rugby Europe Super Cup, primeira competição de clubes organizada pela Rugby Europe, confirmou hoje o organismo que tutela o râguebi nos países emergentes na modalidade.
Os Lusitanos XV vão disputar a Conferência Oeste, frente aos belgas Diabos de Bruxelas, aos holandeses Delta e aos espanhóis Ibéricos de Castela e Leão, equipas de franquia criadas em cada um dos países participantes, à semelhança da equipa portuguesa.
A Conferência Este será disputada pelas franquias georgiana Black Lion e israelita Tel-aviv Heat, além do campeão e vice-campeão da Rússia, o Enisey STM e o Lokomotiv Penza, respetivamente.
Os seis jogos da fase de conferência serão jogados entre 18 de setembro e 12 de dezembro, apurando os dois primeiros classificados para as meias-finais, disputadas a uma mão, que terão lugar durante o mês de abril de 2022, no campo do vencedor de cada grupo.
A final terá lugar em maio de 2022, em data e local a designar pela Rugby Europe, e está em aberto a possibilidade de o vencedor da Super Cup conquistar uma vaga na Challenge Cup da European Professional Club Rugby (EPCR), competição equivalente à Liga Europa do futebol.
“Potencialmente, o vencedor poderá juntar-se à Challenge Cup. Não é possível adiantar mais nada neste momento, mas existem conversações com a EPCR nesse sentido”, confirmou o diretor-executivo da Rugby Europe, Florent Marty, numa conferência de imprensa virtual onde foi apresentada a nova Super Cup.
Segundo Marty, o objetivo da Super Cup não é sobrepor-se aos campeonatos nacionais, mas sim “fazer a ligação entre as seleções nacionais e as competições internas” dos vários países participantes.
“Há aqui um vazio entre esses dois níveis e o objetivo é preenchê-lo”, assumiu.
O primeiro ciclo de dois anos da competição será disputado pelas equipas dos seis países anunciados, mas a “ambição” da Rugby Europe é “estender a Super Cup a mais países e mais equipas”, incluindo a Itália, assegurou, por sua vez, o presidente da Rugby Europe.
“A Itália faz parte da Rugby Europe e não há razão para não admitir clubes italianos. Mas, obviamente, queremos fazê-lo gradualmente e sem pressa. Queremos que a competição se torne forte por si mesma, que percorra o seu caminho nesse sentido”, afirmou Octavian Morariu.
A competição resulta de uma pareceria entre a Rugby Europe e a World Rugby e tem como objetivo, segundo Morariu, o "desenvolvimento do râguebi nos países emergentes", dando aos jogadores “a oportunidade de competir regularmente em alto nível”.
“As seleções nacionais vão beneficiar deste treino permanente. É também uma oportunidade para a Rugby Europe promover o râguebi europeu e abri-lo a novos patrocinadores e meios de comunicação”, acrescentou Octavian Morariu.
Nesse sentido, Florent Marty explicou que será adotada uma política de distribuição de receitas “inovadora”, com base nos “resultados desportivos”, mas também em outros fatores como “qualidade das infraestruturas, dos relvados e assistência”.
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