A Federação de râguebi da Nova Zelândia (NZR) aceitou vender a sua parte da marca dos ‘All Blacks’ a investidores norte-americanos, num negócio que os jogadores ainda não aprovaram.
“Acreditamos que esta é uma oportunidade apaixonante e verdadeiramente transformadora, que pode beneficiar este desporto nas futuras gerações”, justificou o presidente da Federação, Mark Robinson.
O acordo concluído com o fundo de investimento californiano Silver Lake Partners recebeu a aprovação unânime das associações regionais, na assembleia geral anual da Federação, que decorreu em Wellington.
É esperada luz verde também da Associação dos Jogadores, embora um cenário de um veto não esteja posto de parte, com alguns a considerarem que o que está em causa é a ‘alma’ dos ‘All Blacks’.
No acordo, o fundo investimento predispõe-se a pagar 230 milhões de euros por parte da marca dos ‘All Blacks’, tricampeões mundiais de râguebi (1987, 2011 e 2015).
Para David Moffett, antigo presidente da Federação, os clubes estão “a vender a sua alma”, com o antigo dirigente a assinalar que a Silver Lake gera ativos na ordem dos 65 mil milhões de euros e que vai espremer os “‘All Blacks’ como limões”, mesmo que tenha de os sacrificar para jogos de exibição.
“Veremos os All Blacks a disputarem jogos sem sentido, o que vai desvalorizar a marca mais bela do râguebi mundial”, disse.
O fundo de investimento pretende adquirir 12,5% dos direitos comerciais e o direito de negociar os acordos no mundo inteiro para a venda de direitos televisivos em relação aos ‘All Blacks’ e produtos derivados.
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