A criação de competições internacionais e a participação de seleções e clubes portugueses nas mesmas são a ‘base’ da estratégia da Federação de râguebi (FPR) para a alta competição até 2024, segundo um plano enviado pelo organismo aos clubes.
O projeto para o quadriénio 2020/24, a que a Lusa teve hoje acesso, prevê a criação de uma nova competição ibérica de clubes ou regiões, tal como “acordado com o presidente da federação espanhola”, Alfonso Feijoo, além da “recuperação da presença de uma ou duas equipas nacionais” numa competição europeia.
No mesmo ponto, relativo ao alto rendimento, o plano estratégico confirma ainda a existência de “negociações para participação numa competição de seleções de países latinos, incluindo sul-americanos, sob a égide da World Rugby”, conforme a agência Lusa noticiou em 10 de abril.
Nessa altura, o presidente da FPR, Carlos Amado da Silva, confirmou haver “interesse” em colocar uma seleção de jogadores portugueses do campeonato nacional numa competição internacional, entreabrindo a ‘porta’ ao regresso dos Lusitanos XV, ideia que é agora reiterada no plano estratégico.
“É necessário e urgente recuperar as Academias e o Centro de Alto Rendimento, sabendo que este será o passo decisivo para a afirmação do potencial de muitos jovens que formarão a base de uma seleção residente (Lusitanos) que se pretende que participe numa competição internacional, numa antecâmara para a seleção nacional (Os Lobos), necessariamente reforçada com profissionais que participem em campeonatos estrangeiros”, lê-se no preâmbulo assinado por Amado da Silva.
Para isso, o plano prevê a formação de uma “academia de elite” com “40 jogadores contratados”, 15 dos quais para a variante de ‘sevens’ que será, também, uma “grande aposta” para recuperar a “qualidade e competitividade do passado recente”, tendo em vista o regresso ao circuito mundial e o acesso aos Jogos Olímpicos, objetivos qualificados como “possíveis mas muito difíceis de alcançar”.
Ainda no plano do reforço da seleção nacional, a estratégia da FPR continua a prever a realização de jogos em França como medida de “captação de novos jogadores lusodescendentes” e também uma reaproximação àqueles que competem em campeonatos estrangeiros, “indispensáveis” ao reforço da seleção.
O documento de 70 diapositivos revela, ainda, novidades na estrutura diretiva da FPR, com a inclusão de Paulo Paiva dos Santos e João Constantino como vice-presidentes e uma nota a indicar que carecem de ratificação em Assembleia Geral.
Paiva dos Santos deverá integrar a área operacional, ficando com a ‘pasta’ da comunicação e da plataforma ‘online’ da ‘Rugby TV’, enquanto João Constantino surge como “assessor” do presidente da FPR, mas para a área desportiva.
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