O Belenenses conquistou hoje a Taça de Portugal de râguebi, após bater Agronomia por 25-20, numa final em que o pragmatismo se sobrepôs à qualidade de jogo, valendo aos 'azuis' a pontaria afinada de Francisco Menéres.
No sempre ventoso campo A do Centro de Alto Rendimento (CAR) do Jamor, o médio de abertura dos ‘azuis’ registou 100% de eficácia nos pontapés aos postes e 'assinou’ 20 dos 25 pontos da sua equipa, revelando-se decisivo, tal como na final do campeonato nacional, conquistado também pelo Belenenses, há duas semanas.
A equipa orientada por João Mirra conseguiu, portanto, a ‘dobradinha’, ao conquistar a segunda prova mais importante do calendário nacional de râguebi pela segunda época consecutiva e a sexta no seu historial.
O início do jogo até nem foi auspicioso para a equipa do Restelo, que viu a Agronomia chegar ao ensaio logo aos 34 segundos, com uma entrada fulgurante de Ethan Cutler, que recebeu o passe de Ignace Rodríguez após recuperação na bola de saída.
Domingos Cabral errou a transformação para os agrónomos, naquele que foi o seu único pontapé que falhou o ‘alvo’, mas aumentou a vantagem dos ‘verde e brancos’ para 8-0 aos 17 minutos, antes de começar a ‘lição’ de eficácia de Menéres, dois minutos depois.
Um ensaio de Tomás Sequeira (34 minutos), em ‘maul’ dinâmico, transformado por Menéres, permitiu ao Belenenses reduzir para 11-10 e uma penalidade do abertura, já nos descontos (40+1), colocou a sua equipa em vantagem pela primeira vez, mas ainda seria a Agronomia a sair na frente para o descanso (14-13), depois de Domingos Cabral ripostar na mesma ‘moeda’.
Cabral (44 e 48 minutos) ainda voltou a aumentar a vantagem da equipa da Tapada da Ajuda para sete pontos (20-13), mas o Belenenses, apesar de uma exibição pouco inspirada, foi aproveitando os erros da Agronomia para recuperar da desvantagem e passar para a frente do marcador através das botas de Menéres (50, 66, 75, 80+1).
A vitória acabou por assentar bem aos ‘azuis’, num encontro em que, apesar de nem sempre se terem mostrado tranquilos quando em desvantagem, foram avassaladoramente superiores nas ‘mêlées’ e capitalizaram a maior experiência em relação ao adversário.
Jogo no Campo A do Centro de Alto Rendimento do Jamor, em Oeiras.
Belenenses - Agronomia, 25-20.
Ao intervalo: 13-14.
Sob arbitragem de Ricardo Hawkes, as equipas alinharam:
- Belenenses: António Santos, Guillermo Lawrie, Lucas Bordigoni, Salvador da Cunha, Manuel Lima, Sebastião da Cunha, David Wallis, Tomás Sequeira, Duarte Azevedo, Francisco Menéres, José Paiva dos Santos, Rodrigo Freudenthal, Rodrigo Marta, Diogo Rodrigues e Manuel Marta.
Jogaram ainda: Ruben Medina, Frederico Simões, Anthony Kent, Manuel Pinto, Francisco Núncio, João Freudenthal, Gonçalo Santos e António Núncio.
Ensaios (1): Tomás Sequeira (34).
Conversões (1): Francisco Menéres (36).
Penalidades (6): Francisco Menéres (19, 40+1, 50, 66, 75, 80+1).
Treinador: João Mirra.
- Agronomia: Gonzalo Vidal, Francisco Cabral, Samuel Tufuga, Bernardo Cardoso, António Rebello de Andrade, Ethan Cutler, Diogo Sarmento, Francisco Vasconcelos, Ignace Rodríguez, Domingos Cabral, Afonso Vinagre, João Lima, Vasco Ribeiro, Vasco Leite e Manuel Cardoso Pinto.
Jogaram ainda: José Leal da Costa, Pedro Vicente, João Fernandes, Augustín Calvi, Manuel Navalhas, José M. Leal da Costa, Antonio Cortes e Guilherme Covas.
Ensaios (1): Ethan Cutler (01).
Penalidades (5): Domingos Cabral (17, 27, 40+5, 44, 48).
Treinador: Frederico Sousa.
Ação disciplinar: Cartão amarelo para Francisco Cabral (58).
Assistência: cerca de 1.000 espectadores.
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