O espanhol Marc Márquez, aos comandos de uma Honda oficial, parte como favorito à revalidação do título de MotoGP, no Mundial de 2017 da categoria rainha do motociclismo de velocidade, que promete prolongar a emoção do ano passado.
Se é verdade que Márquez se sagrou campeão do mundo pela terceira vez (2013, 2014 e 2016) com uma vantagem confortável, o campeonato de 2016 foi um dos mais divertidos dos últimos tempos, com nove vencedores diferentes, quatro dos quais estreantes.
Aos 38 anos, o italiano Valentino Rossi assume-se como um dos grandes rivais de Márquez, 14 anos mais novo, depois de na época passada ter terminado o Mundial no segundo lugar – tal como tinha acontecido também em 2014 e 2015 -, ainda que a distantes 49 pontos do espanhol.
O piloto italiano, heptacampeão mundial da classe rainha (2001, 2002, 2003, 2004, 2005, 2008 e 2009), continua a ser uma das figuras de proa da modalidade e mantém a expectativa de igualar o recorde de oito títulos do compatriota Giacomo Agostini.
O espanhol Jorge Lorenzo, campeão em 2010, 2012 e 2015, não foi além do terceiro lugar no ano passado e a mudança da Yamaha – equipa em que tinha uma convivência difícil com Rossi – para a Ducati não parece facilitar-lhe a tarefa de contrariar o favoritismo do compatriota.
Enquanto Márquez emerge como líder incontestado na Honda, Lorenzo precisará de se adaptar a uma nova realidade na Ducati e Rossi terá de enfrentar na Yamaha a concorrência da nova geração, constituída pelo espanhol Maverick Viñales, o alemão Jonas Folger e o francês Johann Zarco, bicampeão de Moto2.
As estreias de Folger, Zarco e do britânico Sam Lowes na categoria principal, a ‘mudança de ares’ de Lorenzo, após nove anos na Yamaha, a troca da Suzuki pela Yamaha por parte de Viñales e a aposta da KTM, pela primeira representada com uma equipa oficial, prometem dar continuidade à animação de 2016.
Sem a presença de Zarco, campeão nos últimos dois anos, a classe intermédia também deverá ganhar competitividade, o que pode beneficiar Miguel Oliveira, após um ano de aprendizagem, em especial depois de o piloto português ter sido uma das apostas oficiais da KTM.
A ‘debandada’ dos pilotos de topo de Moto2 para o escalão superior pode ajudar o veterano suíço Thomas Lüthi (Kalex), de 30 anos, vice-campeão em exercício, a conquistar, finalmente, um título que lhe escapa há 10 anos.
A classe inferior – Moto3 – também estará órfã do seu campeão, o sul-africano Brad Binder, colega de equipa de Oliveira em Moto2, o que poderá permitir ao italiano Enea Bastianini (Honda) melhor o segundo lugar obtido no último campeonato.
O Campeonato do Mundo de motociclismo de velocidade de 2017 tem a primeira das 18 provas marcada para domingo, uma corrida noturna no Qatar, terminando quase oito meses mais tarde, a 12 de novembro, em Espanha, com a realização do Grande Prémio da Comunidade Valenciana.
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