O Campeonato Mundial de ralicrosse, que arranca em abril em Montalegre, vai ter a participação de Sébastien Loeb, nove vezes campeão mundial de ralis, um “atrativo e mais-valia” para a prova e região, adiantou hoje à Lusa a organização.
O presidente do Clube Automóvel de Vila Real (CAVR), entidade organizadora, Jorge Fonseca, disse à Lusa estar “muito satisfeito” com a participação do piloto francês, porque será uma “mais-valia” para o espetáculo, dando “uma mão cheia de gozo, pilotagem e lição de como se mexe com carros com aquela potência”.
O circuito internacional de Montalegre, no distrito de Vila Real, abre pelo terceiro ano consecutivo o Campeonato do Mundo de relicrosse, a 16 e 17 de abril.
Na sua página oficial, Sébastien Loeb disse estar “muito entusiasmado pela oportunidade de poder participar, pela primeira vez, numa temporada completa do Campeonato do Mundo de ralicrosse”.
“Ao longo dos anos tive a oportunidade de participar em corridas verdadeiramente sensacionais, mas o ralicrosse - com a potência ‘bruta’ e competitividade do Peugeot 208 WRX e a natureza da competição - será algo muito intenso. Ainda tenho muito a aprender, mas espero ser competitivo e rápido”, acrescentou o piloto.
O francês, de 42 anos, vai correr pela equipa Peugeot Hansen, ao volante de um Peugeot 208 WRX, como colega do vice-campeão em título, o sueco Timmy Hansen.
“Acredito que, por causa do Loeb, haverá uma maior afluência de pessoas porque os aficionados gostam de ver os ex-campeões”, considerou Jorge Fonseca., realçando que o piloto francês é “um nome entre os muitos conhecidos” que vão passar pela prova.
Para o presidente do CAVR, a realização de eventos desta “qualidade” na vila de Montalegre são “importantíssimos”, porque faz com que esta seja vista em mais de 100 países e tenha, durante os dois dias da prova, três a quatro horas de transmissão em direto.
“O Mundial não só é bom para a região como é bom para o turismo do norte de Portugal, porque atraí milhares de pessoas, nomeadamente espanhóis”, sustentou.
De ano para ano, Jorge Fonseca salientou que é notório que o número de entusiastas por este desporto é maior.
Partilhando da mesma opinião, o presidente da Câmara Municipal de Montalegre, Orlando Alves, realçou que ter no campeonato pilotos de “craveira mundial” é um pretexto para que as bancadas se encham de gente.
“Onde os melhores estiverem, os aficionados comparecem em massa e, beneficiando de estar em zona de fronteira, é espectável que a vinda de espanhóis seja enorme”, ressalvou.
A autarquia investe mais de 100 mil euros neste evento, cujo retorno é “enorme”, com a lotação de restaurantes e hotéis, avançou.
Orlando Alves, que espera mais de 60.000 pessoas durante esse fim-de-semana, frisou que é com estes eventos que se constrói o futuro e a sustentabilidade daquela vila de Trás-os-Montes.
Depois de Montalegre, o Campeonato do Mundo prossegue até novembro, passando por Alemanha, Bélgica, Reino Unido, Noruega, Suécia, Canada, França, Espanha, Letónia e Argentina.
O campeonato, com 12 etapas, registou este ano as saídas de Itália e Turquia e a entrada da Letónia.
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