Pedro Bianchi Prata (PH Sport) subiu hoje um lugar na classificação dos SSV no Rali Dakar de todo-o-terreno após uma oitava etapa, em que teve "Paulo Gonçalves no pensamento".
O piloto portuense, navegador do zimbabueano Conrad Rautenbach, enfrentou "um dia muito longo", numa etapa em que a dupla da PS Sport terminou no nono lugar, a 22.06 minutos do vencedor da tirada, o brasileiro Reinaldo Varela.
"Cada quilómetro parecia demorar horas [a passar] dentro do carro, cada perigo parecia ter em si o dobro do perigo. Não perdi a concentração, foquei-me o máximo possível, mas o SSV hoje não estava nos seus dias pelo que andámos muito tranquilos. Havia partes com muita pedra, não quisemos furar. Nas dunas andámos bem, não cometemos erros nenhuns", começou por explicar Bianchi Prata.
"O Dakar prepara-se para entrar no Rub' al-Khali ou Empty quarter, um dos maiores desertos do mundo e a maior área contínua de areia do mundo. O principal fator será a precisão de condução num terreno maioritariamente duro e irregular, que requer especial cautela", explicou Bianchi Prata, que espera "um dia duro, muito duro", depois de uma jornada em que foi difícil manter a concentração.
Pedro Bianchi Prata lembrou a morte do piloto português Paulo Gonçalves no domingo após uma queda ao quilómetro 276 da sétima de 12 etapas da 42.ª edição do Rali Dakar de todo-o-terreno.
"Foi muito difícil este primeiro dia a saber que o Paulo não está cá. Pus o despertador para as 5:15 e acordei eram 4:30. Acordei a desejar que fosse um pesadelo, mas é a realidade. Um abraço a todos e vamos tentar continuar aqui fortes", concluiu o portuense.
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