O PSD perguntou hoje ao Governo se já existe um plano de contingência para todas as localidades onde vão decorrer etapas do Rali de Portugal e qual o número total de efetivos previsto para este evento desportivo.
“Está o Governo em condições de garantir o respeito máximo pelas regras de segurança e a garantia do cumprimento das regras de saúde pública definidas pela Direção-Geral da Saúde para evitar a propagação do vírus Sars-Cov-2 entre as pessoas que vão assistir às provas?”, questionam também os sociais-democratas, num requerimento hoje entregue no parlamento e dirigido ao ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita.
No requerimento, os sociais-democratas apontam “as variadíssimas falhas de planeamento associadas aos festejos desportivos dos adeptos do Sporting Clube de Portugal na sequência da vitória no Campeonato Nacional de Futebol, apesar de se tratar de um acontecimento previsível e cuja antecipação permitiria uma adequada resposta pública”.
“Está já definido o Plano de Contingência a adotar em todas as localidades onde decorrerão etapas do Rali de Portugal? Qual é o número de efetivos total do dispositivo alocado a este evento desportivo?”, perguntam os deputados do PSD.
Os sociais-democratas salientam que as provas do Rali de Portugal “tradicionalmente juntam aproximadamente 100 mil pessoas nas localidades em que se realizam as etapas”.
No texto, o PSD refere que a Câmara de Paredes já considerou que “a presença de público poria em causa a salvaguarda da saúde pública”, mas que a organização da edição de 2021 do Rali de Portugal informou que as etapas vão poder realizar-se com a presença de público, tendo a Direção-Geral da Saúde (DGS) reiterado a necessidade de acautelar a propagação do vírus.
“No Porto, a autarquia também já anunciou a decisão de que a super especial que se realizará na Foz não terá público. Nas restantes localidades, é necessário o máximo planeamento para que o risco seja mínimo e não se voltem a verificar aglomerados que ponham em risco a segurança das pessoas”, advertem os deputados.
A Guarda Nacional Republicana (GNR) anunciou na segunda-feira que vai destacar 2.900 militares para a operação de segurança do Rali de Portugal, de quarta-feira a domingo, tornada ainda mais complexa devido à pandemia de covid-19.
A GNR, que estará em todos os troços classificativos, apelou “ao bom senso, civismo, e responsabilidade de todos”, para que não coloquem em causa a realização do evento.
Para isso, estará nas zonas onde o público é autorizado, fazendo cumprir não só as normas sanitárias como de lotação, definidas pela regra de uma pessoa por cada oito metros quadrados.
Nem a GNR, nem a organização avançaram com números concretos para a lotação dos espaços, apenas que foram calculadas as lotações por área, algumas com capacidade para centenas de pessoas e outras menos, disponibilizando depois a informação de lotação em tempo real em cada zona de espetáculo através de várias plataformas de comunicação.
O Rali de Portugal vai ser disputado entre 21 e 23 de maio, na zona centro, com classificativas em Coimbra, Lousã, Góis e Arganil, e norte, em Lousada, Paredes, Mortágua, Vieira do Minho, Cabeceiras de Basto, Amarante, Porto, Felgueiras, Montim, Fafe e Matosinhos.
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