O campeão mundial de MotoGP, o espanhol Joan Mir (Suzuki), vai manter o número 36 na sua mota em 2021, evitando o número 1, atribuído o campeão, mas que tem sido aziago nas últimas duas décadas.
"Um dia levantei-me e, pronto, estava decidido. O número vai ser o mesmo de sempre. Tinha sido bonito usar o 1, que é uma experiência única e um sonho, mas o 36 foi o número com que cheguei até aqui", explicou.
No entanto, desde 1999 que o piloto que utiliza o número 1 na sua mota nunca conseguiu ser campeão.
Esta espécie de maldição começou com o australiano Mick Doohan (Honda), que foi campeão em 1998 mas que, em 1999, com o 1 na sua Honda de 500cc, sofreu lesões graves que o obrigaram a terminar a carreira.
O espanhol Alex Crivillé (Honda) viria a ser o campeão desse ano e utilizou o 1 em 2000, mas a coroa foi para o norte-americano Kenny Roberts Jr. (Suzuki), que no ano seguinte, também a usar o número 1, perdeu o título para o italiano Valentino Rossi, que nunca deixou o 46.
Assim, o campeão seguinte a usar o número 1 foi o malogrado norte-americano Nicky Hayden, que ganhou o Mundial em 2006, perdendo o título em 2007 para o australiano Casey Stoner no ano seguinte, já sob o número 1.
O próprio Stoner viria a sofrer, perdendo o título de 2008, ano em que correu com o número 1, para Rossi.
Só em 2011 um piloto voltaria a usar o 1, no caso o espanhol Jorge Lorenzo, campeão em 2010 mas que, com o 1 na sua mota, perdeu o campeonato para Stoner novamente.
O australiano voltaria a usar o 1 em 2012, ano em que Lorenzo recuperou o título.
De então para cá, mais nenhum piloto teve ‘coragem’ de colocar o número 1, reservado aos campeões, nas suas motas. No caso, o espanhol Marc Márquez (utilizou sempre o 93), Jorge Lorenzo (campeão em 2015, que manteve o 99) e, agora, Joan Mir.
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