O canoísta olímpico Fernando Pimenta reconheceu hoje não ter “mais 50 anos de carreira desportiva”, mas garantiu estar apostado em “trazer mais medalhas para Portugal”, nomeadamente a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos Paris2024.

“Sei que não tenho mais 50 anos de carreira desportiva, ou seja, tudo aquilo que conseguir vencer e ir conquistando será com o meu pensamento até ao dia em que vou anunciar o final da minha carreira. Por isso, até lá espero dar muitas remadas, trazer mais algumas medalhas para Portugal," declarou o atleta luso, de 33 anos, à margem da cimeira tecnológica Web Summit, em Lisboa.

No seguimento de um memorável ano de 2022, no qual voltou a conquistar medalhas nas grandes competições, Fernando Pimenta assegurou o desejo de alcançar ainda mais, nomeadamente o inédito ouro olímpico que falta à sua bem-sucedida carreira.

"Não dá para prometer, porque o desporto não é matemática, não é certo, mas como é óbvio quero continuar a ter bons resultados. Uma coisa bastante importante é conseguirmos deixar uma boa imagem todos os anos e o que me deixou extremamente feliz foi o acumular dos sucessos, quando sabemos que é quase impossível conseguirmos apresentar sucesso em todas as competições. Este ano estive na velocidade e na maratona e consegui conquistar medalhas nas duas,” constatou.

Fernando Pimenta mostrou-se visivelmente satisfeito pelo ano desportivo que realizou, recordando que "pouca gente acreditava que eu conseguiria fazer uma temporada destas" e que para o conseguir foi fundamental a ambição que já tinha à partida.

"Quando comecei a época tinha na minha cabeça ser campeão do mundo em casa, como já tinha sido em Montemor, em 2018, quando já tinha esse objetivo e consegui," salientou.

Para 2023, Fernando Pimenta perspetiva “um apuramento olímpico em que temos de estar concentradíssimos, não queremos desperdiçar esta primeira parte para o apuramento, temos também a opção de melhorar na parte dos 500 metros, que é uma vertente em que tenho tentado evoluir e, se possível, no final da época e já depois do apuramento olímpico, tentar voltar a fazer a maratona."

Um desejo que, assume, não será fácil de concretizar. "Desta vez vai ser mais complicado porque calha uma ou duas semanas depois do Mundial de velocidade, mas quero provar a mim mesmo que o consigo fazer,” estabeleceu, ambicioso, esperando protagonizar mais um ano de conquistas individuais e coletivas.