O Sporting, já com o título europeu assegurado, organiza de 16 a 18 de março a 4.ª e última etapa da Superliga Europeia de goalball e, em paralelo, a Sporting ParaTour, uma competição destinada a seleções.

Além do Sporting, que soma um pleno de vitórias nas três etapas anteriores, participam a na primeira grande competição internacional da modalidade que decorrerá em Portugal, os alemães do Hansa Rostock, os finlandeses do Old Power, os suecos do FIHF Malmo, e o Castelo de Maia, vice-campeão nacional.

A competição, cujos jogos decorrerão nos pavilhões João Rocha e Multidesportivo do Estádio José Alvalade, foi hoje apresentada pelo clube anfitrião, numa cerimónia que contou com a presença dos secretários de Estado da Juventude e Desporto e da Inclusão das Pessoas com Deficiência, João Paulo Rebelo e Ana Sofia Antunes, respetivamente.

Ambos os governantes elogiaram a aposta do Sporting no desporto adaptado, área na qual já tem 13 modalidades, com João Paulo Ribeiro a lembrar a aposta no desporto paralímpico com o reforço no contrato-programa para os Jogos Tóquio2020, e Ana Sofia Antunes a considerar que o futuro pode passar pela profissionalização dos atletas.

O presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, também presente na apresentação, garantiu que o clube quer continuar a apostar no desporto adaptado e congratulou-se com o facto de Portugal passar a figurar no mapa das grandes competições internacionais da modalidade.

O goalball, criado em 1946 pelo austríaco Hanz Lorezen e pelo alemão Sepp Reindle com o objetivo de reabilitar os veteranos da Segunda Guerra Mundial que perderam a visão, difere de outras modalidades paralímpicas por ter sido criado exclusivamente para pessoas com deficiência visual.

A prática da modalidade alicerça-se nas perceções tátil e auditiva, razão pela qual não pode haver barulho no pavilhão durante a partida, sendo disputada por atletas deficientes visuais das classes B1 (cego total), B2 (possuidor de alguma perceção para detetar vultos) e B3 (capazes de definir imagens).