A Federação Portuguesa de Canoagem vai trabalhar com cinco treinadores, destacando-se a novidade do checo Jaroslav Radon, novo responsável pelas canoas, após a saída do polaco Ryszard Hoppe em dezembro.
“Vai trabalhar em exclusivo com as canoas nos diversos escalões. Ter um técnico a trabalhar exclusivamente com as canoas é um objetivo nosso de longa data, que neste momento é possível concretizar. Radon é um jovem técnico, que neste momento trabalha num país asiático. É de uma boa escola”, disse o diretor técnico nacional.
Em declarações à agência Lusa, Ricardo Machado, também vice-presidente da federação, destacou as qualidades e resultados de Randon enquanto atleta, inclusivamente com participação olímpica, revelando que a federação pretende que este “desenvolva um trabalho consistente e com alguma longevidade em Portugal”.
Jaroslav Radon vai iniciar funções em 01 de janeiro, sendo que Ryszard Hoppe concluirá as suas em dezembro.
Hélio Lucas, que na época passada teve a cargo apenas Fernando Pimenta, vai acumular o melhor canoísta luso com a equipa feminina, sénior e sub-23, com a ajuda de Leonel Correia, que assim volta a integrar o corpo técnico federativo.
José Sousa vai manter-se com os caiaques seniores e sub-23 masculinos, agora coadjuvado por Tiago Lourenço, que era o 'braço direito' de Ryszard Hoppe na equipa feminina e canoas.
Depois de uma época de experiências, o habitual no primeiro ano do novo ciclo olímpico, a federação pretende ter em 2018 uma equipa “mais aproximada” da que em 2019 vai lutar pela qualificação olímpica para Tóquio2020, embora as mesmas não sejam ainda “definitivas”.
“É óbvio que, ainda tão longe dos Jogos, não podemos garantir que as equipas agora definidas se vão manter. Depois das experiências feitas em 2017, a ideia é termos barcos já com mais garantias de resultados, até porque, em 2018, vamos organizar o campeonato do mundo, em Montemor-o-Velho”, assume o dirigente.
Ao juntar as formações seniores com as sub-23, a federação pretende “dar maior competitividade às duas equipas”, permitindo aos mais novos “trabalhar com alguns dos melhores atletas do mundo”, que, por sua vez, devem “trabalhar de forma mais afincada”, dado o valor dos pretendentes aos seus lugares na seleção.
“Não há lugares garantidos na equipa nacional, os atletas sabem que têm de trabalhar todos os dias e nas alturas certas mostrar que são os melhores e por isso merecem o lugar”, reforçou.
Na quinta-feira, a federação tinha oficializado o fim do ciclo de Ryszard Hoppe na seleção, elogiando o sucesso do seu trabalho desde 2005, que resultou em “mais de 130 medalhas internacionais”.
“Com os seus métodos, rigor, exigência e grande determinação, o Ryszard impulsionou, como nenhum outro técnico, o crescimento da modalidade em Portugal”, resumiu a FPC.
Nova organização e enquadramento técnico da seleção de canoagem:
Caiaque masculino (sénior e sub-23) – José Sousa e João Tiago Lourenço.
Caiaque feminino (sénior e sub-23) – Hélio Lucas e Leonel Correia.
Canoas (ambos os géneros e todos os escalões) – Jaroslav Randon
Caiaque masculino e feminino (júnior e cadete) – João Tiago Lourenço.
Fernando Pimenta - Hélio Lucas.
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