Representada por 24 elementos em Sófia, na Bulgária, a seleção portuguesa venceu a prova masculina por equipas em trampolim individual na sexta-feira, com um quarteto formado por Diogo Abreu, ginasta presente nos Jogos Olímpicos Rio2016 e Tóquio2020, Pedro Ferreira, Lucas Santos e Rúben Tavares, cuja 'performance' "espelha a evolução da modalidade" em Portugal, disse João Marques à Lusa.
"Foi um ótimo registo. (...) O campeonato do mundo por equipas masculinas em trampolim individual é algo muito difícil de conseguir e muito festejado. Espelha bem a evolução da modalidade em Portugal e todo o trabalho que esta geração tem feito. Estamos muito contentes", salientou.
Esse "ótimo registo" abarca as medalhas de prata conquistadas na prova masculina por equipas de duplo minitrampolim, por Diogo Cabral, André Dias, João Félix e José Domingues, na quinta-feira, no trampolim sincronizado masculino, por Diogo Abreu e Pedro Ferreira, hoje, bem como o bronze no all-around, também hoje.
Formada por Pedro Ferreira, Sofia Correia, Ingrid Maior, Diogo Cabral, Diana Gago, Vasco Peso e Margarida Agostinho, a equipa lusa classificou-se atrás da Grã-Bretanha, ouro, e dos Estados Unidos, prata, e quebrou um 'jejum' de medalhas que perdurava desde 2018 na prova que reúne trampolim individual, trampolim sincronizado, duplo minitrampolin e tumbling.
"O all-around é muito particular, porque requer que sejamos bons em todos os aspetos. Já tivemos equipas fortes e, noutras vezes, não tanto. Neste ano, retomámos qualidade e coesão neste grupo. Temos uma equipa também jovem, o que nos dá confiança para continuarmos com bons resultados", descreveu João Marques.
O diretor técnico da FGP reconheceu, porém, que o tumbling pode "estar um bocadinho acima", depois de uns campeonatos mundiais sem qualquer finalista individual e um quinto lugar na prova masculina por equipas.
"Há resultados que não foram tão bem conseguidos e que poderemos melhorar. (...) Tínhamos expectativas, mas a prova correu mal a dois ginastas mais evoluídos, a Vasco Peso e o André Palma", admitiu.
Depois de Sófia ter acolhido os Mundiais de trampolins desde quarta-feira até hoje, a cidade de Birmingham, no Reino Unido, acolhe a edição de 2023, que será condicionada pelas qualificações para os Jogos Olímpicos de 2024, em Paris.
"O próximo campeonato do mundo é daqui a um ano. Será um campeonato um bocadinho diferente por causa dos Jogos Olímpicos. Esse campeonato do mundo permite qualificação olímpica. O foco não é tanto o grupo, mas o individual, para tentarmos estar nos Jogos. As expectativas continuam positivas", afirmou.
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