O Comité Paralímpico de Portugal (CPP) revelou hoje que seguirá as orientações da estrutura mundial de cúpula, que remeteu para uma próxima Assembleia Geral (AG) a possível reintegração dos atletas russos e bielorrussos nas competições internacionais.
“Aguardaremos pela próxima AG do Comité Paralímpico Internacional (IPC) para que o assunto possa ser discutido e eventualmente revista a posição sobre esta temática”, disse o presidente do CPP, José Lourenço, à agência Lusa.
José Lourenço disse que, para já, o CPP segue as orientações da última reunião magna do IPC, realizada em novembro de 2022, “em que foi aprovada a proposta do conselho de administração do IPC para a suspensão dos comités paralímpicos nacionais da Rússia e da Bielorrússia”.
Na quarta-feira, Andrew Parsons, presidente do IPC, admitiu, em comunicado, que a possível reintegração da Rússia e da Bielorrússia poderá ser um dos temas da próxima AG, que se realizará no terceiro trimestre do ano.
“Gostaríamos de reafirmar que esperamos, e rezamos, para que o conflito chegue ao fim, que mais vidas não sejam tiradas, e que o desporto e a política possam ser geridos de forma separada”, afirmou o presidente do IPC.
A reação de Parsons surgiu pouco depois do Comité Olímpico Internacional (COI) ter admitido que uma “vasta maioria” dos responsáveis do desporto olímpico defende que os atletas russos e bielorrussos não podem ser impedidos de competir internacionalmente apenas devido à sua nacionalidade.
Em Portugal, o presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP) manifestou-se favorável à reintegração, de acordo com a orientação assumida pelo COI, e o Governo afirmou que vai manter a concertação com a União Europeia sobre a matéria, admitindo ter em conta as posições dos organismos olímpicos.
Os desportistas russos e bielorrussos foram excluídos das competições internacionais na sequência da invasão à Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro de 2022.
Comentários