O Mundial de Snooker começa amanhã, no Crucible Theatre, em Sheffield, Inglaterra e será um dos primeiros eventos em Inglaterra a contar com público nas bancadas, ainda que de forma bastante limitada.
A decisão não caiu bem junto de alguns jogadores e o cinco vezes campeão do mundo é um dos que não entende a decisão de permitir a presença de espectadores ao vivo.
Ronnie O'Sullivan considera que é um risco desnecessário e que compreende que alguns jogadores se sintam desconfortáveis com a situação, como o caso de Anthony Hamilton que sofre de asma e foi muito crítico da decisão.
"Desafio alguém que tenha mantido distância das pessoas durante quatro meses a dizer, "pois, agora tens de ir para uma sala cheia de pessoas" - a menos que tenhas um desejo de morrer, e algumas pessoas têm-no de várias formas e simplesmente não querem saber. Mas se és uma das pessoas que se preocupa com a sua saúde e está a levar isto a sério, imagino como te sentes. Seria estranho entrar numa sala com 10 pessoas que não conheço e já o fiz. Não me senti confortável", disse em declarações citadas pela BBC.
O inglês não compreende até que ponto é vantajoso financeiramente arriscar a saúde dos participantes por 200 fãs, acrescentando ainda que o snooker está a ser usado como 'rato de laboratório' para o regresso do público pós-confinamento.
"Talvez tenham de começar a testar multidões em alguma fase e já ouvi pessoas a dizer que estão a tratar um evento de snooker como 'ratos de laboratório' - tens de começar por algum lado, começa pelos jogadores de snooker. Pagas menos seguro do Anthony Hamilton que do Lewis Hamilton", afirmou.
O'Sullivan, que admitiu deixar a competição se se sentisse desconfortável, considerou ainda que a COVID-19 não foi levada a sério.
"Homens e mulheres adultas a chorarem porque não conseguem respirar. Só quando acontece algo desse género e ouves as histórias e que pensas 'espera ai, isto é sério'. Não penso que isto tenha sido levado suficientemente a sério", concluiu.
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