O português Ricardo Melo Gouveia alcançou hoje o seu melhor resultado no Open de Portugal, ao terminar no quarto lugar no Royal Óbidos Golf Resort, onde o alemão Marcel Schneider venceu o torneio pontuável para o Challenge Tour.
Melo Gouveia, segundo classificado na ‘Corrida para Maiorca’, partiu do 12.º lugar para a quarta volta ao traçado Par 72 e, graças a um último cartão com 66 ‘shots’, seis abaixo, partilhou no final o quarto lugar com o sueco Jens Dantorp, com um agregado de 275 pancadas, 13 abaixo do Par.
“Foi excelente. Não entrei tão bem como ontem [sábado], mas entrei confiante. Fiz um bom ‘birdie’ [uma abaixo] no buraco dois, depois no três tive uma má decisão no ‘shot’ ao ‘green’ e acabei por fazer ‘bogey’ [uma acima]. Sabia que vinham muitas oportunidades, que estava a jogar bem e era uma questão de ser paciente. E foi o que aconteceu, meti dois ‘putts’ grandes e no 18 quase metia outro. Foi bom acabar com uma boa volta”, frisou.
O profissional da Quinta do Lago, de 30 anos, assinou seis ‘birdies’ na despedida (nos buracos 2, 6, 7, 15, 16 e 18), dois ‘bogeys’ (3 e 12) e um ‘eagle’ (duas abaixo) no 5, mas não deixou de sentir “um bocadinho de frustração pelas voltas menos boas”, registadas nos dias anteriores (72+66+71+66).
“Acho que também podia ter feito um bocadinho melhor e, se calhar, estaria a lutar pelo título, mas estou bastante contente e no bom caminho para, se Deus quiser, entrar bem na próxima época e fazer uma temporada muito positiva no European Tour”, avançou.
A jogar na mesma formação de Pedro Figueiredo, sentindo-se “muito mais relaxado do que o normal, como se fosse uma volta de treino”, graças à exibição no torneio da Federação Portuguesa de Golfe, Melo Gouveia embolsou um prémio de 11 mil euros e reduziu a distância que o separa do líder da ‘Corrida para Maiorca’, o espanhol Santiago Tarrio.
Já Pedro Figueiredo, membro efetivo do European Tour, terminou numa discreta 30.ª posição, ao contabilizar 282 ‘shots’ (70+72+68+72), ao passo que Miguel Gaspar ficou no 62.º posto do ‘leaderboard’.
O troféu da 52.ª edição do Open de Portugal, esse, ficou nas mãos do alemão Marcel Schneider, que, depois de partir na liderança para a última volta, conseguiu aguentar a pressão e assinar um ‘birdie’ no ‘green’ do buraco 18 para evitar o ‘play-off’ com o francês Frederic Lacroix e conquistar o seu terceiro título do Challenge Tour, com um total de 269 pancadas (-19).
“Cometi um erro grave no buraco 2, que me tirou da zona de conforto. Consegui jogar bem depois disso, mas fui infeliz em alguns momentos. No final foi muito equilibrado, mas mantive a calma, e acabei por ter sorte no 18”, reconheceu o germânico, acrescentando, em jeito de brincadeira, que “se não metesse a bola provavelmente perdia o avião”, previsto para daqui a algumas horas.
Um final de torneio emocionante que o presidente da Federação Portuguesa de Golfe, Miguel Franco de Sousa, em jeito de balaço, enalteceu.
“Foi emoção até ao fim e meter um ‘putt’ de cerca de 20 metros para ganhar um torneio do Challenge Tour é um final que todos gostamos de ter. Tivemos quatro dias de golfe magníficos, o campo do Royal Óbidos estava em ótimas condições e temos de agradecer, não só ao Royal Óbidos pelo apoio continuado, como ao Turismo de Portugal para que este evento seja uma realidade que, para nós, é fundamental”, rematou Miguel Franco de Sousa.
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