O canoísta Kevin Santos considerou hoje que o título de campeão da Europa em K1 200 metros premeia o seu trabalho e a prova “perfeita” que há muito procurava, motivando-o “ainda mais” para tentar ir a Paris2024.
“Já é o segundo ano consecutivo que digo que estou a melhorar de prova para prova. Procuro o ‘tiro’ e as sensações perfeitas, de início ao fim, e finamente isso aconteceu. É espetacular”, reagiu, em declarações à Lusa.
O canoísta, de 27 anos, venceu os 200 metros em 36,975 segundos, seguido do letão Robert Akmens (37,028) e do sueco Petter Menning (37,055).
“Depois de no ano passado ter falhado o apuramento olímpico por tão pouco [um lugar]... Na Taça do Mundo já tive algumas [boas] sensações, depois no campeonato do mundo [sexto]... Agora termino da melhor forma. Não tenho palavras, sou campeão da Europa!”, regozijou-se.
Numa prova extremamente equilibrada, nos primeiros resultados Kevin aparecia em quinto lugar, o que levou a federação ir de imediato à torre de controlo pedir a confirmação no ‘photo-finish’.
“Quando acabei, entreguei na prova tudo o que tinha a entregar. Vi que tinha sido tudo à justa. Nos primeiros resultados oficias fiquei em quinto, fiquei com um misto de orgulho por ter realizado a minha prova e agridoce ficar fora das medalhas por tão pouco. Recebi o resultado oficial já na plataforma com meu treinador [Rui Fernandes] e com todos”, recorda, ainda com as mãos a tremer da adrenalina do êxito.
Kevin Santos falou de “um ano muito duro” no qual teve várias provas “sempre a bater na trave”, mas recorda os parceiros que lhe disseram para ter “calma” e que “daqui a dois anos tudo faria sentido”, após Paris2024.
Na próxima época Kevin Santos vai apostar “tudo” em integrar o K4 500 metros que procura novo apuramento olímpico.
A segunda edição dos campeonatos Europeus multidesportos está a decorrer em Munique até domingo e reúne nove modalidades, estando Portugal representado em sete, nomeadamente atletismo, canoagem, ciclismo, ginástica artística, remo, ténis de mesa e triatlo.
Portugal soma sete medalhas, designadamente três de ouro, através de Pedro Pablo Pichardo, no triplo salto, de Iúri Leitão, no scratch do ciclismo de pista, e de Kevin Santos (K1 200), uma de prata, por Auriol Dongmo, no lançamento do peso, e uma de prata (K1 1000) e uma de bronze (K1 500) do canoísta Fernando Pimenta.
Na paracanoagem, Norberto Mourão garantiu o bronze na classe VL2.
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