Os canoístas Emanuel Silva, João Ribeiro, Messias Baptista e David Varela exultaram hoje com o apuramento para Tóquio2020 em K4 500, destacando a união da equipa como fator chave do sucesso nos mundiais da Hungria.

“Foi uma regata perfeita. Viemos com o objetivo de qualificar. Vínhamos conscientes daquilo que fizemos, um trabalho muito difícil – só os quatro e o treinador sabemos o que passámos para chegar aqui e conseguir a vaga olímpica. Agora, é trabalhar como até agora, com a mesma ambição. E acreditar que em Tóquio pode ser melhor”, disse Emanuel Silva, que vai para os seus quintos Jogos.

João Ribeiro destacou a atitude do quarteto: “A fibra que vocês viram. Fomos para a prova com a vontade de querer garantir o nosso bilhete para Tóquio, sabíamos que era difícil. Olhávamos para o lado e sabíamos que todas as equipas podiam ganhar. Felizmente conseguimos o bilhete, o que mais desejávamos.”

O canoísta de Esposende, que vai para os segundos Jogos, diz que agora o importante é descansar e preparar a próxima época, porque, recorda, as vagas são de Portugal e não destes atletas, pelo que é preciso garantirem todos lugar na equipa nacional da próxima época.

Messias Baptista é um dos estreantes e destacou a “emoção muito grande” pelo feito, realçando a “grande evolução” da equipa desde falhar as finais até atingir este êxito.

“Longe da família este tempo todo, mas a recompensa chegou agora no fim. Quero agradecer a todos os que sempre acreditaram em nós e nos apoiaram”, disse.

Os lusos precisavam de terminar até sétimo e foram sextos em 1.21,11 minutos, mais 1,85 segundos do que a Alemanha, campeã mundial, conjunto que bateu por 51 centésimos de segundo a Espanha, medalha de prata, enquanto a de bronze foi para a Eslováquia, com mais 1,70.

“Sabíamos que ía ser muito difícil, muito complicado. Só tínhamos a noção dos barcos da esquerda (dois). Saímos bem, estivemos sempre dentro do grupo. Não tenho palavras. Estou em êxtase. Conseguimos apuramento olímpico! Agora é férias e depois pensar em Tóquio”, completou David Varela.

Com mais esta vaga para Tóquio, Portugal assegura até ao momento cinco vagas, juntando-se a do K1 1000, garantida no sábado por Fernando Pimenta, medalha de bronze na final da prova, enquanto Teresa Portela deverá ter também conquistado uma sexta vaga, segundo as regras de atribuição, no K1 200, resultado que deverá ser homologado durante a próxima semana.