Os Jogos Europeus Universitários, que arrancam no domingo em Coimbra com mais de 4.000 atletas de 40 países, vão “marcar a agenda do desporto nacional”, disse hoje à Lusa o presidente da Federação Académica do Desporto Universitário (FADU).
“As expectativas são naturalmente elevadas, os preparativos estão a decorrer como inicialmente previsto para receber os mais de 4.000 atletas, de mais de 300 instituições, e os Jogos marcarão sem dúvida a agenda do desporto nacional”, afirmou o presidente da FADU, Daniel Monteiro.
Segundo o dirigente académico, o evento permite mostrar a “articulação cada vez mais afincada” entre o desporto universitário nacional e as federações desportivas, que comprovam “a afirmação e crescimento” do setor, bem como “a maior participação das instituições de ensino superior, que dão cada vez mais condições aos jovens para combinarem o desporto com os estudos”.
A quarta edição, que decorre até 28 de julho e leva 13 desportos diferentes a Coimbra, é organizada por um comité que integra a Universidade de Coimbra, a FADU, a Associação Académica de Coimbra e a autarquia, liderado por Mário Santos, antigo presidente da Federação Portuguesa de Canoagem.
Também o reconhecimento do Governo “tem vindo a existir”, e os Jogos podem ser “o expoente máximo” do trabalho das várias entidades envolvidas no crescimento do desporto universitário, num “sinal positivo que se quis dar ao desporto português”.
O secretário-geral, Mário Santos, reforçou à Lusa o “desafio grande” que as questões de alojamento apresentaram, sendo que estão acreditadas “mais de 4.000 pessoas, com atletas, oficiais, mais convidados, equipas técnicas e árbitros, mais equipas de transmissão”, o que faz com que, “por dia, esteja uma média de quase três mil pessoas” envolvida nos Jogos.
Mário Santos destacou ainda o “legado infraestrutural” deixado na recuperação do Estádio Universitário de Coimbra, mas também “a reabilitação de três pavilhões, um campo relvado sintético, cinco campos de ténis e toda a envolvência e acessos” do complexo a ele associado, com “quase cinco milhões de euros de investimento direto”, entre outras “pequenas intervenções”.
A instalação passou de “quase decrépita a renovada” e terá “uma utilização futura, para as equipas académicas e universitárias”, mas não exclusivamente. “Este estádio não é só da universidade, vai muito além disso”, sublinhou.
O legado também é desportivo, uma vez que os Jogos são “uma excelente oportunidade do desporto universitário se afirmar dentro da Universidade de Coimbra, e daí replicar-se para outras”.
O objetivo é dar “mais desporto aos estudantes, conciliando carreiras de alto nível e estudos”, e fomentar “o desporto como campo de investigação e inovação”, bem como uma mais-valia no que toca a saúde e "valores e hábitos de vida" da comunidade académica.
A organização desta edição destaca-se, explicou o secretário-geral, por integrar também os estudantes, “para que o desporto seja também uma forma de trazer competências a quem faz a formação académica, desta vez através do dirigismo”, bem como pela “ligação entre a universidade e a cidade” que todos os atletas poderão experienciar.
Os vários eventos internacionais organizados em Portugal em várias modalidades “têm provado a excelência organizativa do desporto universitário português e do país”, referiu Daniel Monteiro, e afetam positivamente futuros trabalhos “pelo legado e experiência instalada que deixam”.
A FADU tem ainda “um sonho antigo, por que vai continuar a lutar”, numa “lógica de sustentabilidade”, neste caso a possibilidade de acolher em Portugal as Universíadas de verão, que em 2019 vão decorrer em Nápoles, Itália.
Na quarta edição dos Jogos Europeus Universitários, são esperados em Coimbra, de 15 a 28 de julho, cerca de 4.500 atletas – a sua maioria campeões nacionais universitários nas 13 modalidades em competição -, de 300 universidades de 40 países.
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