Lufinha chegou à ilha de Martinica, no Caribe, às 11:00 locais (15:00 em Lisboa), depois de ter avistado terra quatro horas antes. A travessia realizou-se entre as Canárias e as Caraíbas, durante 20 dias, duração que vai ser avaliada pelos técnicos do Guiness World Records, de forma a confirmar um novo recorde mundial, o da travessia mais rápida do Atlântico, a solo, num kiteboat.

“Foi de longe o desafio mais exigente física e psicologicamente que superei até hoje. Desde o desenvolvimento do barco, da preparação da travessia, até aos 47 dias em missão foram muitos os momentos de tensão e um enorme teste à minha resiliência. Realizei mais um sonho, mais uma conquista extrema e não podia estar mais satisfeito e com o sentimento de missão cumprida”, disse Francisco Lufinha.

O navegador português partiu da marina de Cascais em 03 de novembro e fez uma paragem técnica na ilha de La Palma, nas Canárias, antes de atravessar sozinho o Atlântico, num barco que adaptou para ser puxado apenas por um kite e alimentado por painéis solares e um hidrogerador.

Designada EDP Atlantic Mission, a iniciativa consistiu em ligar Portugal continental às Caraíbas, num percurso de 6.700 quilómetros. De 2013 a 2017, Lufinha percorreu um total de 3.372 quilómetros em kitesurf nos quatro desafios extremos que realizou ao ligar o território nacional por mar.