A chefe de missão portuguesa ao Festival Olímpico da Juventude Europeia (FOJE) classificou ontem a competição, que junta jovens dos 13 aos 18 anos, como “um passo na formação de cada atleta”, importante na caminhada até aos Jogos Olímpicos.
“É uma competição importante do ponto de vista desportivo, mas também é uma competição importante no processo evolutivo de cada um”, afirmou Catarina Monteiro, antes da partida da comitiva de 47 atletas para Baku, onde decorrerá a competição entre domingo e 27 de julho.
A chefe de missão lembrou que Portugal participa no maior evento multidesportivo para jovens da Europa desde a sua criação, em 1991, e que muitos dos representantes portugueses marcaram depois presença em Jogos Olímpicos.
“Temos dezenas de atletas que participaram no FOJE e que depois estiveram em Jogos Olímpicos”, afirmou, lembrando os três medalhados portugueses nas duas competições: o ciclista Sérgio Paulinho, o atleta Nelson Évora e o canoísta Fernando Pimenta”.
Catarina Monteiro admitiu que “em idades tão jovens é muito difícil perspetivar resultados”, mas lembrou que Portugal leva a Baku “alguns atletas que dão perspetivas de vir a tirar resultados de, pelo menos, finalistas”.
A responsável pela missão lusa, que integra também 25 oficiais, destacou o facto de a competição “ter em paralelo com o programa desportivo, uma vertente educativa e cultural”.
O secretário de Estado da Juventude e do Desporto (SEJD) lembrou aos atletas que a competição “é uma oportunidade única para viverem o espírito desportivo, mas também uma oportunidade única para o contacto com outras modalidades, culturas”.
João Paulo Rebelo pediu aos atletas “que se divirtam” e garantiu que “o país sente orgulho” e espera que cada um “dê o seu melhor”.
O atleta João Caldas, das lutas amadoras, que vai ser o primeiro português a entrar em competição, disse encarar a competição como “uma grande oportunidade de mostrar capacidades, mas também de ganhar experiência”.
Aos 17 anos, esta não será a primeira experiência internacional, mas é a primeira multidesportiva, que João Caldas encara como “uma recompensa pelo trabalho e dedicação à modalidade”.
Em Baku, vão estar cerca de 3.600 atletas e oficiais de 48 países europeus, que competirão em 10 modalidades, das quais três coletivas, nas quais Portugal não estará representado.
Assim, os atletas portugueses vão participar nas provas de atletismo, ciclismo, ginástica, judo, lutas amadoras, natação e ténis.
Comentários