O novo presidente dos órgãos sociais da Confederação do Desporto de Portugal (CDP), Carlos Paula Cardoso, revelou hoje que a formação e a relação com as federações são alguns dos objetivos primordiais para o quadriénio 2019-2023.
Os novos órgãos dirigentes da CDP tomaram posse hoje na Tribuna de Honra do Estádio Nacional do Jamor, numa cerimónia presidida pelo secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo, e Carlos Paula Cardoso enunciou alguns dos desafios da sua direção, além da co-organização dos Jogos da CPLP em Timor, no próximo ano, e os Jogos Mundiais de Desporto para Todos Lisboa 2020, que vão decorrer em Portugal.
"Queremos melhorar a área da formação e a relação com as Federações. Neste momento, temos na direção da Confederação quatro presidentes de federações e dois ex-presidentes, por isso é uma aproximação que temos de trabalhar em conjunto. Há ainda cada vez mais necessidade de aproveitar melhor os fundos europeus, sair mais do âmbito das fronteiras nacionais, não só canalizando as verbas para o desporto de elite, mas para a formação e para o desporto para todos, aumentando assim a pirâmide desportiva", explicou Cardoso, de 71 anos, que assume funções na presidência da CDP desde 2003.
Além de frisar a importância de "juntar todas as federações, uma coesão necessária no movimento do associativismo em Portugal", Carlos Paula Cardoso defende que "a Confederação é necessária, na medida em que todas as instituições federativas têm igual peso e iguais oportunidades".
O dirigente reconhece, ainda assim, que "há quem queira acabar com a Confederação", à semelhança do sucedido em outros países, como Alemanha e Holanda, apontou a título de exemplo, em que "houve uma fusão entre o Comité Olímpico e a Confederação".
"Já há 26 anos também não houve unanimidade na sua criação. Ao longo dos anos julgo que nunca aconteceu de todas as federações estarem ao mesmo tempo na Confederação", lembra.
João Paulo Rebelo destacou a importância do organismo para o setor desportivo português, embora "compreenda que uma Confederação, no setor do desporto ou noutro, traz uma agenda muitas vezes de confronto, no bom sentido, e de reivindicação".
"A Confederação é o local onde se reúnem todas as Federações desportivas do país e, isso, faz dela um parceiro indispensável ao sistema desportivo nacional. É uma entidade que congrega todos quantos têm de lidar quotidianamente com os seus receios e problemas e que conta com o Governo para resolver essas mesmas situações. A Confederação é um verdadeiro parceiro do Governo. Tem organizado a missão nacional aos Jogos da CPLP e no próximo ano vai co-organizar os Jogos Mundiais de Desporto para Todos Lisboa 2020. Há espaço, para num quadro de cooperação permanente, irmos sendo confrontados com os anseios e objetivos do setor", defendeu João Paulo Rebelo.
Além do secretário de Estado da Juventude e Desporto, estiveram na cerimónia de tomada de posse dos novos órgãos sociais da CDP, José Manuel Constantino, presidente do Comité Olímpico de Portugal, Vítor Pataco, presidente do Instituto Português do Desporto e Juventude, José Manuel Lourenço, presidente do Comité Paralímpico de Portugal e, entre outros, vários representantes das mais variadas instituições desportivas nacionais.
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