A canoísta Beatriz Fernandes sagrou-se hoje vice-campeã mundial júnior em C1 500 metros, em Montemor-o-Velho, num dia em que a seleção de Portugal garantiu mais oito finais, para um total acumulado de 17, numa competição também para sub-23.
A primeira medalha de sempre de Portugal em canoas femininas em Mundiais foi garantida em 2.12,12 minutos, seis centésimos de segundo mais rápida do que a russa Alina Kovaleva, e quase dois segundos atrás da húngara Agnes Kiss (2.10,26), que cedo se destacou.
“Tem um sabor muito especial por ser em Portugal, onde tenho toda a gente a apoiar-me. Sabia que ia ser muito difícil, pois tinha adversárias muito fortes, porque no Europeu fui sétima e ainda sou júnior de primeiro ano. Fiquei muito surpreendida pelo resultado, mas vou continuar a trabalhar para os poder repetir”, disse Beatriz Fernandes, à assessoria de comunicação da Federação Portuguesa de Canoagem.
Em outras finais, destaque para a sub-23 Maria Rei, quarta em K1 1.000, bem como os quintos lugares do K2 1.000 de Tiago Henriques e Bruno Brasileiro, e do K1 1.000 júnior de João Duarte.
Marco Apura, que, juntamente com Bruno Afonso, falhou Tóquio2020 por um lugar, em C2 1.000, acabou em sétimo em C1 1.000.
O finalista olímpico Messias Baptista (K4 500), em K1 200 metros, Marco Apura e César Soares, em C2 500, e as duplas Inês Costa e Maria Brandão, em K2 200, Beatriz Lamas e Márcia Faria, em C2 200, são os sub-23 que hoje garantiram ir disputar as regatas das medalhas.
Quanto aos juniores, o êxito foi conseguido por Pedro Casinha em K1 200, Gustavo Gonçalves e Gabriel Marques em K2 500, bem como as canoas de Beatriz Fernandes, em C1 200, e Gabriela Resende e Ana Pereira, em C2 200.
No Centro de Alto Rendimento de Montemor-o-Velho, Portugal está representado por 45 canoístas, sendo 26 masculinos e 19 femininos.
A competição reúne cerca de 850 canoístas oriundos de 55 países, num dos maiores desafios logísticos do desporto nacional em tempos de pandemia da covid-19.
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