O título mundial conquistado hoje pelo canoísta Sérgio Maciel em C1 sub-23 em maratona, teve muita “raça, coração e alma”, segundo o selecionador nacional Rui Câncio.
“A sua estatura física é bem inferior à dos húngaros que o acompanharam no pódio, mas o Sérgio tem uma raça, coração e alma bastante superiores, como o provou na água”, disse o técnico, em declarações à agência Lusa.
No Rio Cávado, na Vila de Prado, Sérgio Maciel cumpriu os 22,6 quilómetros da regata em 01:51.32,67 horas, menos 4,48 segundos do que o segundo classificado, o húngaro Baláz Adolf, e 13,34 do que o também magiar Dániel Laczó.
“Preparou-se muito bem, boa parte do ano sozinho, com o apoio do seu pai, e conhecia bem o percurso. A atitude dele fez toda a diferença”, elogiou.
O sucesso do atleta que coleciona medalhas em Europeus e Mundiais juniores e sub-23 acontece em época de transição – compete sob a bandeira da federação, como exigem os regulamentos, antes de se poder juntar ao Viana Garças Clube, na sequência da decisão de deixar o Darque KC, também de Viana do Castelo.
“Este título mundial é mais um reconhecimento de que em Portugal se trabalha muito bem nas várias especialidades da canoagem”, congratulou-se Rui Câncio, duas semanas depois de Fernando Pimenta se sagrar bicampeão do Mundo em K1 1000 e 5000, em Montemor-o-Velho.
O selecionador fez um “balanço positivo” do desempenho de Portugal até ao momento, lamentando apenas a penalização de 30 segundos que na quinta-feira “negaram a medalha” ao júnior Leonardo Vicente, em C1.
O jovem, que acabaria em quarto lugar, foi penalizado por ter atirado o invólucro de plástico de gel alimentar à água, má pontaria (só se pode libertar de plásticos na portagem, em terra) que lhe roubaria um lugar no pódio.
No sábado, o pentacampeão da Europa de K1, José Ramalho, vai tentar um inédito título mundial, depois de já ter conquistado três medalhas de bronze e uma de prata, num dia em que se destaca ainda o vice-campeão da Europa C1, Rui Lacerda.
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