Cabo Verde vai ter a maior delegação dos I Desporto, Jogos Africanos de Praia que se realizam de 14 a 23 de junho, já que tem inscrito junto da organização 68/70 atletas em representação de todas as 11 modalidades.
Rodrigo Bejarano, que juntamente com Orlandinho Mascarenhas partilham as funções do chefe da missão cabo-verdiana, avançou à Inforpress que o jogar em casa, fez com que os atletas nacionais, tanto masculinos como femininos, ficassem isentos das provas de qualificações.
Ao todo, espera-se que a delegação de Cabo Verde seja constituída por cerca de 100 elementos, entre atletas (70), chefes de missão, treinadores, médicos, fisioterapeutas, roupeiros e staff.
Por serem os primeiros jogos para toda a África, Bejarano disse que a expectativa passa pelo grosso das comitivas de todo o continente, por ganhar experiência, mas assegurou que Cabo Verde tem expectativas altas, isto é, atingir o pódio a volta de algumas modalidades.
Neste capítulo , esclareceu que atletas provenientes da região do Magrebe, como Egipto, Tunísia e Marrocos levam uma certa experiência em relação aos demais países, mas que atletas cabo-verdianos estão determinados em fazer todos os possíveis para demonstrar que o desporto cabo-verdiano está recheado de bons desportistas.
Para este chefe de missão, as condições estão criadas para que os atletas, técnicos e treinadores crioulos demonstrem que Cabo Verde está à altura de uma competição continental, com olhos postos numa melhor competição possível.
“O desejo de participar, deixar tudo no campo não é novo dos nossos atletas masculinos e femininos. Temos atletas com grande experiência e o nosso público vai ser alvo positivo para a equipa da casa”, sentenciou Bejarano, que enaltece a forma como as comitivas estrangeiras têm estado impressionadas pela forma como Cabo Verde tem demonstrado capacidade organizadora do evento.
Para Bejaramo , existe acima de tudo uma grande motivação dos atletas, pois que em algumas das modalidades joga-se a qualificação para algumas provas mundiais e olímpicas.
Destacou, por outro lado, a forma como uma das unidades hoteleiras de referência foi transformada numa vila de atletas, pela capacidade de “organizar e oferecer algo a África, no desporto de praia”.
Disse que, para além da vertente competitiva, os Jogos de Cabo Verde estão a ser aproveitados para realização de formações, como as da Federação Internacional de Remo, iniciadas a 4 do corrente, para atletas e treinadores e uma outra para juízes.
Ao longo destas sessões, sublinhou, a federação internacional da modalidade procedeu à realização de testes para a definição do nível dos atletas, uma forma encontrada para decifrar sobre as reais capacidades destes atletas remarem no mar ao longo da competição.
Referiu que aos atletas do “freestile” também passam por “testes de capacitação.
Os I Jogos Africanos de Praia estão projectados como o maior acontecimento desportivo de sempre realizado em Cabo Verde, sendo que o arquipélago irá fazer a sua participação em todas as modalidades disponíveis, que vão desde basquetebol 3×3, natação em águas abertas, remo no mar, futebol, andebol, voleibol, ténis de praia, atletismo, kitesurf, futebol freestyle e karaté kata.
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