O canoísta Alex Santos garantiu ontem na Hungria a vaga que Portugal tinha assegurado na categoria de KL1 para os Jogos Paralímpicos, juntando-se assim a Norberto Mourão que o tinha conseguido em VL2 nos mundiais de 2019.
Na final da Taça do Mundo de Szeged, Alex Santos e Floriano Jesus competiram lado a lado, sendo que o mais rápido de ambos iria a Tóquio2020: Santos saiu na frente e chegou primeiro, em 54,89 segundos, menos 1,65 segundos do que Jesus, que no Mundial de 2019 tinha ficado a um lugar de garantir a quota.
Alex Santos chegou em oitavo a 7,20 segundos do vencedor, o húngaro Peter Pal Kiss, contudo o que importava era mesmo a decisão sobre qual dos dois portugueses estaria mais forte hoje.
“É um sentimento muito complexo de descrever. Vem tudo à cabeça, como os dias de treino, de alimentação, os que não estás com os amigos, os sacrifícios todos. É uma felicidade, uma euforia…”, disse o atleta de 28 anos.
Em declarações à Lusa, refutou a ideia de que a sua alegria é a tristeza de Floriano Jesus, recordando que são “uma equipa” e que, da próxima vez, talvez o seu companheiro de seleção termine à frente.
“Temos de trabalhar juntos. Poucos países têm dois atletas do mesmo nível. Temos essa oportunidade. Um faz evoluir o outro”, vincou o designer.
Até aos Jogos Paralímpicos, em setembro, quer “ver o que está mal e evoluir para tentar uma boa posição”, sem ainda pensar no que isso significa em termos práticos.
Agora, o canoísta quer celebrar com os amigos do CC Amora e abraçar os responsáveis na empresa Logoplast que o apoiaram “incondicionalmente” neste seu sonho, montando, inclusive, um ginásio nas instalações para que melhor se pudesse preparar, uma vez que treina duas vezes por dia.
Nascido em Porto Seguro, no Brasil, Alex Santos vive em Portugal desde os seis anos, um país que lhe desperta “imensa paixão” e que agora terá o “orgulho” de representar.
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