O vice-presidente da Federação de Patinagem e chefe da comitiva, Paulo Rodrigues, garante que a seleção portuguesa leva para Angola uma grande dose de confiança na conquista do título mundial de hóquei em patins.
No dia em que a seleção parte para Angola para disputar o Campeonato do Mundo, que se realiza entre os dias 20 e 28 de setembro, a realização da prova em continente africano é uma situação que agrada o dirigente português, que realçou a importância para a divulgação a nível internacional.
«Em 2011, o campeonato do Mundo era para se realizar em Moçambique, entretanto isso não aconteceu, e Portugal foi o único país que deu o apoio para que se realizasse em Angola», começou por explicar Paulo Rodrigues.
O dirigente prosseguiu o seu raciocínio: «A federação entendia que era importante, para a difusão do hóquei em patins, que o Campeonato do Mundo se realizasse em continente africano e desde a primeira hora deu o apoio a Angola para que fosse em 2011. Não foi possível, porque o Comité internacional decidiu que o campeonato iria para San Juan, na Argentina».
Mesmo assim, e conforme explicou Paulo Rodrigues, a Federação de Patinagem não desistiu e voltou à carga para 2013.
«Portugal era candidato à organização do Mundial de 2013. Portugal abdicou dessa candidatura com a condição de que ela fosse entregue a um país do continente africano. Angola candidatou-se e Portugal mais uma vez desde a primeira hora apoiou», continuou a explicar o dirigente.
Com esta aposta da realização da prova em África, as expectativas de Paulo Rodrigues em que «Angola saiba capitalizar todo o movimento em torno do hóquei, no pós Mundial, são bastante elevadas».
«Ser grande não basta ostentar um símbolo ao peito. Se se der um pouco de si à modalidade sem olhar ao nosso interesse, com certeza iremos ter mais praticantes no Mundo inteiro. É isso que se pretende para o hóquei em patins. Daí, Portugal ter sempre apoiado Moçambique e Angola na organização de um Mundial. E ficamos orgulhosos, mesmos abdicando de organizar no nosso país, e ainda para mais num país de língua oficial portuguesa e com o qual temos laços históricos, laços de amizade e cooperação», referiu ainda.
A logística para esta viagem foi planeada ao pormenor, mas, nem por isso, se distancia da organização de uma viagem para os Estados Unidos ou para a Argentina (recordando os Mundiais na Califórnia ou em San Juan).
«Há uma série de equipamento e pessoas que têm que ser deslocados. E isso é programado de forma igual às outras viagens longas que já tivemos que fazer. Agora, não podemos esquecer que Angola é um país com algumas particularidades, às quais nos temos que adaptar, tais como as questões dos vistos, das entradas, das próprias dificuldades que possam existir lá. Mas vamos ter que nos adaptar e estamos a ter o apoio do comité de organização e da federação angolana», garantiu.
As restantes adversidades que poderão encontrar não assustam Paulo Rodrigues, até porque se mostrou bastante tranquilo em relação às instalações e às condições para a prática do hóquei em patins.
«Na altura em que estivemos no sorteio, o pavilhão ainda não estava concluído, ainda não havia pista. Não nos preocupou. Temos os melhores patinadores do Mundo, rapidamente se vão adaptar. Tenho alguma garantia, porque quem está a fazer a instalação desse equipamento é uma das melhores marcas a nível internacional. A garantia é que o nível dos nossos atletas é tão elevado, que rapidamente se vão adaptar a quaisquer condições», rematou ainda Paulo Rodrigues, a deixar transparecer o orgulho e confiança no grupo português que agora vai lutar pelo título mundial.
Relativamente a prognósticos, Paulo Rodrigues não podia ser mais direto: «Tenho uma fé inabalável nestes atletas, sem esquecer o Caio e o Rafa, porque vejo que querem isto mais que ninguém. E eles querendo, é meio caminho feito. E não é nenhuma arrogância, ninguém nos pode levar a mal por querermos isto, porque de facto achamos que Portugal já merece este título há muito tempo».
O vice-presidente da Federação reforçou ainda: «Temos os 11 melhores jogadores do Mundo numa seleção, por isso, só podíamos estar confiantes».
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