O selecionador nacional de hóquei em patins, Renato Garrido, antevê um Europeu “duro” e muito competitivo, mas as expectativas são as de poder dar “alegrias” ao público num campeonato jogado em casa, em Paredes.
“Será um campeonato duro, porque vão ser jogos muito competitivos e o nosso objetivo é conseguir vencê-los um de cada vez, para depois podermos estar presentes na final”, disse à agência Lusa Renato Garrido.
A edição 2021 do campeonato da Europa de hóquei em patins realiza-se de 14 a 20 de novembro, em Paredes, no qual participam seis equipas, que primeiro jogam entre si, numa fase de grupos, disputando os dois primeiros a final.
Renato Garrido advertiu que “não há vencedores antecipados”, salientando que, num Europeu a seis equipas, além dos habituais candidatos – Portugal, Espanha e Itália -, há também que contar com França, que tem vindo a apostar “em jovens que hoje em dia estão a jogar nos melhores campeonatos” e que tem que ser encarada como uma seleção forte e que “um dia será uma surpresa”.
Apesar de a Alemanha e Andorra serem equipas teoricamente mais fracas, o selecionador nacional realçou que são seleções em que é sempre preciso “ter sempre alguma atenção”.
A jogar em casa, Renato Garrido espera “casa cheia” e também dar muitas alegrias ao público que acompanha a modalidade.
“Portugal, em qualquer competição que participe, tem de sempre que se assumir como candidato. Queremos muito ganhar, mas as coisas são feitas por partes. O nosso objetivo é classificarmo-nos num lugar que nos permita estar na final e é esse o nosso grande objetivo. Depois aí, é um momento e tudo faremos e vamos dar o nosso melhor e temos trabalhado nesse sentido de voltarmos a conquistar o Campeonato Europeu”, salientou.
Portugal perdeu na Corunha, em 2018, o título europeu, tendo no ano seguinte conquistado o Mundial, que escapava à seleção desde 2003.
Para o Europeu, a seleção leva também o embalo do bom momento que Portugal vive no hóquei em patins.
“O campeonato português tem uma competitividade incrível, grandes jogadores, grandes equipas e, a nível de seleções, sentimos que tudo isso nos ajuda, porque o trabalho que é feito em Portugal, pelos clubes, pelos treinadores, ajuda a termos um grupo forte, bastante competitivo e que nos dá garantias de que possamos alcançar bons resultados”, sublinhou.
Renato Garrido lamentou apenas aquilo que tem acontecido a nível internacional, num ano competitivo em que a Liga Europeia vai funcionar sem 12 dos maiores clubes, esperando que, “a bem do hóquei”, a situação seja resolvida pelos organismos responsáveis.
Comentários