Ricardo Cunha é guarda-redes de Hóquei Patins e atualmente está em greve de fome. Motivo: salários em atraso por parte do seu antigo clube, a Associação Desportiva Os Limianos.
O atleta reclama o pagamento de dois meses e meio de salários em atraso e, perante a inexistência de uma solução por parte dos responsáveis do clube, decidiu iniciar um protesto em forma de greve de fome junto às instalações do clube de Ponte Lima.
«Isto foi um último recurso. Sinto-me humilhado por esta situação, não gosto desta exposição mas tenho de reivindicar aquilo que é meu. As pessoas responsáveis do Limianos não deram qualquer solução e até parece que sou eu que lhes devo», afirmou o atleta em declarações ao blog Hóquei Minhoto, acrescentando ainda que tem uma proposta de trabalho em Angola, mas que nem sequer tem dinheiro para as vacinas.
Em declarações ao jornal A Bola, Rui Teixeira, treinador do Limianos diz-se solidário com o protesto de Ricardo Cunha.
«Não foi por acaso que foi escolhido como capitão de equipa. Estamos todos solidários com o seu protesto. O senhor Adriano Martins (diretor da secção de hóquei) não atende os telefones de ninguém, não dá a cara, apesar de estar em falta com o plantel. Sei que o Ricardo está numa situação limite e está mesmo a passar fome.»
Ao jornal desportivo, Adriano Martins revelou-se surpreendido com a atitude do guarda-redes.
«Estou surpreendido com a sua atitude porque foi muito recebido em Ponte de Lima. Só não pagámos porque ainda não nos foi possível», justifica, acrescentando ainda que o objetivo do jogador é «dar espetáculo».
Já Ricardo Cunha garante que não vai baixar os braços e que a greve de fome vai ser mesmo para levar até ao fim.
«Sinto-me gozado pelas pessoas do Limianos e vou levar isto até às últimas consequências porque nada me resta.
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