O jogador da seleção portuguesa de hóquei em patins Rafa admitiu que o estágio de dois dias que a equipa das 'quinas' realizou em Sesimbra aconteceu numa “altura estranha da época”, antes da partida para férias.

“O balanço é positivo. É um estágio numa altura estranha da época, mas é sempre bom estarmos juntos em contexto de seleção e aproveitarmos, tanto dentro como fora da pista, para nos conhecermos ainda melhor e treinar com atletas com os quais ainda não tínhamos tido a oportunidade de trabalhar”, disse.

O jogador, de 30 anos, frisou a importância de o grupo estar reunido quatro meses antes de se realizar o o Campeonato do Mundo Argentina2022, que decorre na cidade de San Juan, entre 02 e 13 de novembro.

“O objetivo deste estágio é começarmos a interiorizar que temos o Mundial em novembro, por isso essa prova está sempre na nossa cabeça. A partir do momento em que entramos no estágio da seleção, pensamos sempre na próxima competição”, afirmou.

Sobre a vontade de ir de férias, Rafa garantiu que mais importante do que isso é sempre ter a oportunidade de representar Portugal.

“A transição não custou porque, quem vem à seleção, vem com enorme orgulho e prazer. Não é sacrifício nenhum estar aqui nem vestir esta camisola. Apesar de ser no final da época, em que há muito cansaço, não são dois dias que nos vão tirar o sono e deixar mais cansados”, disse.

O avançado do FC Porto comentou o facto de o estágio ter permitido a inclusão de novos jogadores, considerando que é muito importante que surjam novos valores na equipa.

“É positivo. A seleção não é um grupo fechado e ninguém tem um lugar assegurado. Estão aqui os melhores durante a época e é sempre bom termos um grupo mais alargado para todos sentirem que há outros jogadores que podem entrar na seleção. O facto de termos um passado na seleção não nos garante nada”, referiu.

Na Argentina, Portugal vai procurar defender o título mundial conquistado em 2019, sendo que o palco da competição será na cidade de San Juan, facto que não deixa Rafa indiferente.

“Quem anda no mundo do hóquei sabe que San Juan, que muitos apelidam como capital mundial do hóquei em patins, é especial como é sempre que representamos a seleção, seja num Mundial ou num Europeu. Queremos defender o nosso título e vamos ver como as coisas correm até lá”, disse.

Rafa foi ainda questionado sobre a forma como os jogadores da seleção abordaram entre si os jogos que contribuíram para a decisão do título nacional de hóquei em patins. Apesar dos ânimos muito exaltados nas partidas entre FC Porto, Benfica e Sporting, o hoquista luso garantiu que as rivalidades ficam de fora da seleção e que os atletas são todos amigos.

“Por vezes, as pessoas misturam muito o que se passa dentro do rinque com o que se passa fora dele. Somos todos amigos e, quando defendemos as camisolas dos nossos clubes, defendemo-los com tudo o que temos. O que se passou é passado. Estamos na seleção e somos amigos. Se houve picardias, foi entre clubes. Aqui, o que interessa é a seleção nacional. Nem sequer se falou nisso, estamos todos focados no Mundial. As questões dos clubes não vêm para aqui”, assegurou.