Os hoquistas Diogo Rafael e Gonçalo Alves querem ver Portugal de novo campeão europeu, mas advertem para a necessidade de não facilitar a vida aos adversários, na competição a realizar no pavilhão multiusos de Paredes.

Os dois internacionais lusos têm um currículo de vitórias e títulos a perder de vista, mas só foram por uma vez foram campeões da Europa, em Oliveira de Azeméis, em 2016, e também por isso alimentam a esperança de conseguirem repetir os festejos no regresso da competição a Portugal, entre 15 e 20 de novembro.

“Voltamos a jogar em casa e vamos tentar conquistar o título. Temos favoritismo e responsabilidade, mas esta também já tínhamos. O importante é vencer cada dia de prova para chegarmos à final”, disse Gonçalo Alves, em declarações à comunicação social.

A opinião do avançado do FC Porto é subscrita pelo defesa/médio do Benfica Diogo Rafael, para quem o título mundial conquistado em Barcelona, Espanha, em 2019 (Portugal venceu a Argentina nas grandes penalidades), deve ser entendido como um reforço positivo de confiança.

“A vitória no Mundial coloca-nos pressão, mas também nos dá confiança, uma confiança acrescida por jogarmos em casa. Estamos na fase final da preparação para o Europeu, a meio da época ao nível de clubes, o que acho que nunca aconteceu, mas estamos confiantes”, disse Diogo Rafael.

O hoquista, de 31 anos, com uma carreira feita entre o Turquel, localidade de onde é natural, e o Benfica, está de regresso às fases finais de competições de seleções e não escondeu que já tinha “saudades desta vivência familiar”, no que foi secundado por Gonçalo Alves.

O avançado do líder FC Porto, de 28 anos, falou em laços de amizade que se estendem à vida pessoal dos hoquistas, concorrendo para uma “grande família”, a quem espera ajudar com golos no Europeu.

“Chegamos a este Europeu já em andamento, com competição, e será bom se puder trazer esse bocadinho de vitórias e golos à seleção”, referiu Gonçalo Alves, melhor marcador da liga portuguesa de hóquei em patins, com 20 golos em oito jogos.

Sobre os adversários de Portugal no Europeu, o hoquista natural de Famalicão aponta a Espanha e Itália, seleções com mais campeonatos (do que os restantes participantes na prova), como os grandes rivais, deixando ainda elogios à França, “uma equipa com bons jogadores, apesar de estarem há um ano sem competição, devido à [pandemia de] covid-19”.

O conjunto luso, liderado por Renato Garrido, está desde segunda-feira em Paredes, no norte do país, em cujo pavilhão multiusos mantém o regime de treinos bidiários, à porta fechada, até ao início da competição.

Portugal inicia a competição diante da Alemanha, no dia 15, seguindo-se a França (dia 16), Itália (17), Espanha (18) e Andorra (19), sempre às 21:45. O dia 20 está reservado à final, que juntará os dois primeiros classificados apurados no formato de campeonato.

A Espanha é a campeã europeia em título.